Tereza Cruvinel: semana inaugural de Bolsonaro foi ensaio do que virá
"O que assistimos bestificados, nessa primeira semana de janeiro, como se a virada do ano tivesse nos levado a outro país, não foi ao início de um novo governo, mas à implantação de um novo regime político, de traço teocrático-militar-fundamentalista e nitidamente ultraliberal na economia. É preciso entender sua natureza e não apostar que terá vida curta", afirma a jornalista Tereza Cruvinel", para ela, os ataques feitos contra a esquerda, ONGs, indígenas, além do desencontro de informações e propostas foram apenas "um ensaio do que virá"
247 - "O que assistimos bestificados, nessa primeira semana de janeiro, como se a virada do ano tivesse nos levado a outro país, não foi ao início de um novo governo, mas à implantação de um novo regime político, de traço teocrático-militar-fundamentalista e nitidamente ultraliberal na economia. É preciso entender sua natureza e não apostar que terá vida curta", afirma a jornalista Tereza Cruvinel.
"O presidente Bolsonaro tomou posse e prosseguiu brandindo a retórica de guerra ao "inimigo interno", especialmente PT, esquerda, jornalistas e veículos de comunicação (exceto as duas TVs amigas). Ao contrário do que alguns esperam, ele não vai descer do palanque nem abrandar o discurso, pois isso é próprio da natureza do regime e faz parte de sua estratégia", observa ela em sua coluna no Jornal do Brasil. .
"Engolimos com naturalidade a proclamação de inverdades, como a de que ele veio libertar o país do socialismo que nunca passou por aqui, ou a de que foi esfaqueado por "inimigos da pátria", apesar da conclusão da PF, de que foi obra solitária de um desequilibrado. E tome tuitadas contra ONGs, índios e destruidores da família e dos bons costumes, com ministros da tropa ideológica fazendo coro", diz.
"Quando se aventurou a falar sobre ações de governo, Bolsonaro explicitou seu despreparo, trombando com a própria equipe: confirmou um falso aumento de imposto, falou em idades mínimas de aposentadoria que desacreditam a reforma pretendida e questionou a fusão Embraer-Boeing, que os privatistas de Paulo Guedes aplaudem. A semana inaugural não foi um happening de chegada, foi ensaio do que virá", alerta.
Leia a íntegra no Jornal do Brasil.
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