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Tic tac: Tony Garcia insinua que Sergio Moro será preso

"Está muito perto de vermos alguns provarem do próprio veneno", disse o empresário

Prisão de Guantánamo, Tony Garcia e Sérgio Moro (Foto: Joe Skipper/Reuters | Reprodução | ABR)
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247 – O empresário Tony Garcia, que delata o ex-juiz suspeito Sergio Moro e os procuradores da chamada República de Curitiba, diz que, em breve, tais personagens serão presos. Em seu twitter, ele usou a expressão "tic tac", que era usada pela Lava Jato para antecipar as prisões de seus alvos. Confira e saiba mais:

Do Conjur – O empresário Tony Garcia afirmou nesta sexta-feira (2/6) que foi usado pelo ex-juiz e agora senador Sergio Moro como agente infiltrado para perseguir desafetos do principal personagem da finada "lava jato". Os procuradores Carlos Fernando de Souza e Januário Paludo também participaram do esquema, segundo afirmou Garcia em entrevista ao jornalista Joaquim de Carvalho, da TV 247.

Um dos alvos da perseguição teria sido o advogado Roberto Bertholdo, que acabou preso com base em falso testemunho prestado por Garcia. De acordo com o empresário, ele foi obrigado por Moro a incriminar Bertholdo, advogado que vinha conseguindo anular sentenças proferidas à época pelo então juiz.

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"Ele achava que eu era um braço político do Bertholdo nos tribunais superiores. E que o Bertholdo usava isso para vender sentenças, comprava desembargadores. Era isso o que ele perseguia, os desembargadores que, segundo ele, o Bertholdo comprava no TRF-4. Ele queria saber se eu sabia disso. Eu falei que não."

Ainda de acordo com Garcia, Moro dizia o que ele tinha de falar em delações. "Eles me jogaram no porão da Polícia Federal. Ele fazia de Curitiba a Guantánamo brasileira. Ele fazia os mesmos métodos de tortura psicológica para tirar de você, preso, o que ele queria."

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Garcia contou também que, em 2006, Moro e membros do Ministério Público que depois se tornaram procuradores da "lava jato" o instruíram a conceder entrevista a um repórter da revista Veja em uma tentativa de incriminar o ex-ministro petista José Dirceu. À publicação, Garcia "relatou" que Dirceu e Bertholdo eram responsáveis por operar um suposto mensalão. "Eu fui instado a procurar coisas contra o PT", disse Garcia.

'Festa da cueca' – O empresário também disse que desembargadores do TRF-4 eram chantageados por personagens da "lava jato" com a informação de que teriam participado de orgias com prostitutas na suíte presidencial de um hotel em Curitiba, por volta de 2003, em episódio chamado por Garcia de "festa da cueca".

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"Teve desembargador com medo de aparecer a gravação. Não vou falar quem é, mas teve desembargador que contou para a mulher e acabou arranjando separação", acrescentou Garcia, que disse ter sido procurado por Moro para que conseguisse um vídeo com imagens da festa.

O empresário também citou o ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça Felix Fischer, que teria sido pressionado pela "lava jato" devido a supostos pagamentos feitos por Bertholdo a um filho do magistrado.

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De acordo com o site Brasil 247, Tony Garcia nasceu em São Paulo, mas se tornou figura influente "nas altas rodas" do Paraná. Já o jornalista Luis Nassif o define como um "playboy" que tentou carreira na política.

"Eu estou esperando até agora que a PGR ou que alguém de direito me intime para eu poder falar", disse Garcia. "Tem coisas que posso provar, mas o farei na Justiça. Para cada desmentido deles, eu vou mostrar duas verdades."

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Antes da entrevista à TV 247, a Veja já havia informado que Garcia afirmou ter gravado de forma clandestina o ex-governador do Paraná Beto Richa, preso em 2018, e outras autoridades a pedido de Sergio Moro e em troca de benefícios na Justiça.

O relato de Garcia, segundo a revista, constou de depoimento feito em sigilo à juíza Gabriela Hardt, em 2021. O caso ficou parado na 13ª Vara Federal de Curitiba até que foi remetido pelo juiz Eduardo Appio, hoje afastado do cargo, ao Supremo Tribunal Federal.

Procurada pela publicação, a defesa de Moro negou as acusações. "Tony Garcia é um criminoso que foi condenado, com trânsito em julgado, por fraude e apropriação indébita. A pedido do Ministério Público e com supervisão da Polícia Federal, resolveu colaborar com a Justiça em investigação de esquemas de tráfico de influência e corrupção, ocasião na qual foi autorizado a gravar seus cúmplices.  Este tipo de diligência é autorizada pela lei. Nunca houve qualquer escuta clandestina de conhecimento do senador, à época juiz, Sergio Moro."

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