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Tijolaço: como fazer da eleição uma corrida de cavalos

"O velho Brizola costumava dizer que "eleição não é corrida de cavalos", onde se põe ou se faz refugar o cavalo do páreo de acordo com a chance de ganhar. Não deveria ser, mas cada vez mais se parece com uma", observa o editor do Tijolaço, Fernando Brito; segundo ele, "o neoliberalismo teve como obra a desmontagem dos sistemas coletivos de organização da população: sindicatos, associações e partidos políticos" e "a eleição, portanto, fica mesmo como aquele páreo, onde importa ter chances de ganhar e recolher as fortunas de suas pules. A eleição sem Lula e sua significação será conduzida para ser isso", destaca

"O velho Brizola costumava dizer que "eleição não é corrida de cavalos", onde se põe ou se faz refugar o cavalo do páreo de acordo com a chance de ganhar. Não deveria ser, mas cada vez mais se parece com uma", observa o editor do Tijolaço, Fernando Brito; segundo ele, "o neoliberalismo teve como obra a desmontagem dos sistemas coletivos de organização da população: sindicatos, associações e partidos políticos" e "a eleição, portanto, fica mesmo como aquele páreo, onde importa ter chances de ganhar e recolher as fortunas de suas pules. A eleição sem Lula e sua significação será conduzida para ser isso", destaca (Foto: Paulo Emílio)
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Por Fernando Brito, no Tijolaço - O velho Brizola costumava dizer que "eleição não é corrida de cavalos", onde se põe ou se faz refugar o cavalo do páreo de acordo com a chance de ganhar.

Não deveria ser, mas cada vez mais se parece com uma.

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Pelo visto, o Grande Prêmio Brasil de outubro não é assim, do jeito que se faz o canter, aquele trote em que as montarias se apresentam à platéia e, sobretudo, aos apostadores.

Os jornais do final de semana trouxeram a notícia de que Joaquim Barbosa vai se filiar ao PSB, à espera do que o embrulho em que o partido está metido em São Paulo, onde tomou uma rasteira do PSDB, e que Luciano Huck, depois de duas negativas formais, vai se filiar ao PPS, para estar encilhado da condição legal para, quem sabe, entrar na pista.

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Não se diga que é fenômeno local, porque pelo mundo afora são cada vez mais comuns – e desastrosos – os exemplos de que personagens, em tese, distantes da política se apresentam às disputas eleitorais.

O neoliberalismo teve como obra a desmontagem dos sistemas coletivos de organização da população: sindicatos, associações e partidos políticos.

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A esquerda teve sua parte nisso, quando se deixou hegemonizar pelos grupos "identitários", com o discurso – justo – de proteção às minorias que eclipsou muitas vezes o cerne de sua natureza: a defesa das maiorias sociais.

O resultado desta geléia geral, onde ninguém é nada e não carrega em si uma significação política aferível por cada cidadão é algo tão absurdo que não há uma instituição que aceitasse que algum neófito, vindo do zero em experiência, a presidisse.

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Mas para dirigir o Brasil serve?

Sim, serve, porque o objetivo dos que nos dominam é menos que tenhamos um governo e mais que não o tenhamos, no sentido de que ele seja um pólo, uma bússula a orientar uma coletividade que, só mantida em confusão, pode recusar a obviedade de que somos um grande país, com tamanho, população e riqueza para sermos um dos grandes do mundo.

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A eleição, portanto, fica mesmo como aquele páreo, onde importa ter chances de ganhar e recolher as fortunas de suas pules.

A eleição sem Lula e sua significação será conduzida para ser isso.

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Para voltar ao que dizia Brizola, na disputa entre o diabo e o coisa-ruim, o inferno sempre vence.

Nesta eleição, pior, corremos o risco de que seja com seu demônio mais caricato.

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