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Tijolaço: Doria inicia expurgo no PSDB

"Doria usou seu controle sobre o diretório do partido na capital para expulsar o ex-governador paulista Alberto Goldman, o secretário estadual de Governo Saulo de Castro e mais 15 filiados da legenda por 'infidelidade partidária'", diz o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço; "Doria, com isso, abre a guerra com Alckmin antes que este a abra, o que deixou evidente ao receber a visita do seu ex-vice"

Tijolaço: Doria inicia expurgo no PSDB (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Por Fernando Brito, do Tijolaço - Um leitor da Folha batiza com precisão o que se tornou o PSDB paulista: Partido do Sou Doria e Bolsonaro.

A criatura partiu para o mais feroz ataque ao seu criador, Geraldo Alckmin.

Doria usou seu controle sobre o diretório do partido na capital para expulsar o ex-governador paulista Alberto Goldman, o secretário estadual de Governo Saulo de Castro e mais 15 filiados da legenda por "infidelidade partidária".

A infidelidade, leia-se, é terem apoiado Márcio França (PSB), tal como se comprometera a fazer o próprio Alckmin no acordo entre ambos nas eleições de 2014.

Doria, com isso, abre a guerra com Alckmin antes que este a abra, o que deixou evidente ao receber a visita do seu ex-vice.

Vai usar o apoio a Bolsonaro – mesmo sob oposição cerrada dos chefes bolsonarista de SP- o senador eleito Major Olímpio e o filho do candidato, Eduardo Bolsonaro.

Que estão estrilando, mas ficaram numa sinuca, com o movimento de Dória.

Já conseguiu levar França a uma posição de "neutralidade" no segundo turno.

Mas só para quem não quer ver a malícia das palavras do atual governador:

"O Haddad não tem aquele jeito tradicional de petista. Ele é um intelectual", afirmou França. "Ele É quase um tucano", replicou [ao ser entrevistado pelo] colunista do UOL Josias de Souza. "É um tucano filiado ao PT. A gente brinca assim, né? Ele tem essa coisa mais charmosa. Ele seria uma novidade"...