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Traficantes pagavam a PMs R$ 160 mil/mês no Rio

No grupo de 13 policiais presos hoje pela Operao Dezembro Negro est o comandante do batalho de So Gonalo, Djalma Beltrami, que ficou conhecido como juiz de futebol; pms so acusados de vender armas para o trfico

Traficantes pagavam a PMs R$ 160 mil/mês no Rio (Foto: DIVULGAÇÃO)
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Uma operação da Polícia Civil do Rio prendeu, nesta segunda-feira, 13 policiais do 7.º Batalhão de Polícia Militar de Alcântara, em São Gonçalo (Região Metropolitana), entre eles o comandante da unidade, o tenente-coronel Djalma Beltrami, que ficou conhecido no País por sua atuação como árbitro de futebol.

De acordo com as primeiras informações, os policiais venderiam armas para traficantes. O oficial da PM participou de episódios marcantes como a operação do Complexo do Alemão e o socorro aos alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona norte, no massacre que deixou 11 mortos, em abril deste ano.

Em pouco mais de três meses, Beltrami é o segundo comandante preso do 7.ºBPM. Ele substituiu o tenente-coronel Claudio Luiz Oliveira, que foi para a prisão sob acusação de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli, executada com 21 tiros em agosto. A operação desta segunda-feira acontece no batalhão e no Morro da Coruja, onde um suposto traficante foi morto em confronto com a polícia.

Paulista de 45 anos de idade, Beltrami integrou o quadro de árbitros da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) de 1989 a 2011. Ele também fez parte dos quadros da CBF (de 1995 a 2010) e da Fifa (entre 2006 e 2008).

Os policiais militares acusados de cobrar propina de traficantes para não reprimir a venda de drogas na região recebiam mensalmente valores em torno de R$ 160 mil, segundo informações da Polícia civil do Rio de Janeiro.

Entre os dois presos hoje durante a Operação Dezembro Negro, desencadeada no Morro da Coruja, em São Gonçalo, estão o tenente-coronel Djalma Beltrami, atual comandante do 7º BPM (São Gonçalo) e um traficante. Também foram apreendidos cinco quilos de maconha.

Os cerca de 100 policiais civis da Delegacia de Homicídios de Niterói e da Baixada Fluminense (DHNSG), em conjunto com agentes da Corregedoria Geral Unificada (CGU), participam da operação, que tem o apoio de delegacias especializadas, além de um helicóptero e um blindado, e visam cumprir 24 mandados de prisão sendo 11 contra traficantes e 13 contra PMs do 7º BPM (São Gonçalo), e nove da busca e apreensão.

A descoberta de que policiais militares do 7º BPM recebiam propinas de traficantes para não reprimir a venda de drogas na região foi descoberta a partir de investigações da DHNSG sobre a ligação de traficantes daquela comunidade com homicídios ocorridos na região.

 

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