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Transferência de voto bem-sucedida depende da qualidade do 'poste', diz pesquisador

O cientista politico Lúcio Rennó analisa a arte de transferir votos sem a passionalidade habitual dos comentadores de plantão; Rennó identifica mesmo um estudo técnico sobre o assunto: "o apoio de um político popular a um correligionário em uma eleição, conhecido como transferência de votos, é amplamente estudado na ciência política" e diz que a grande questão sobre o tema é que o 'poste' tem que ter qualidade, senão a transfiguração eleitoral não acontece

Transferência de voto bem-sucedida depende da qualidade do 'poste', diz pesquisador (Foto: Ricardo Stuckert)
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247 - O cientista politico Lúcio Rennó analisa a arte de transferir votos sem a passionalidade habitual dos comentadores de plantão. Rennó identifica mesmo um estudo técnico sobre o assunto: "o apoio de um político popular a um correligionário em uma eleição, conhecido como transferência de votos, é amplamente estudado na ciência política" e diz que a grande questão sobre o tema é que o 'poste' tem que ter qualidade, senão a transfiguração eleitoral não acontece. 

Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, Lúcio Rennó discorre sobre possíveis cenários nas virtuais transferências eleitorais que desfilam no horizonte. Faz isso com exemplos concretos: "há diversos casos concretos da efetividade da heurística do endosso na conquista de votos. Em 2010, Dilma Rousseff foi eleita como a candidata de Lula e de continuidade ao governo petista que atingia, naquele momento, recordes de popularidade." 

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Rennó elenca outros acontecimentos de transferência: "outro exemplo é a continuidade de governadores de uma mesma linhagem política no Ceará: Tasso Jereissati, Ciro Gomes, Lucio Alcântara e Cid Gomes. Ou em Pernambuco, quando Paulo Câmara sucede a Eduardo Campos."

O cientista político, no entanto, frisa os fracassos também, como reza toda análise consistente em um campo do conhecimento: "contudo, há também inúmeros casos de fracasso. A vitória eleitoral de Cristovam Buarque do PT nas eleições de 1994, derrotando Valmir Campelo, então apoiado pelo popular governador Joaquim Roriz, vem à mente." 

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E, destaca o caso do Rio de Janeiro: "mais recentemente, Eduardo Paes, relativamente bem avaliado, não conseguiu fazer de Pedro Paulo seu sucessor. A óbvia pergunta é: por que alguns políticos conseguem, através de seu apoio a um candidato, auxiliar em sua eleição, enquanto outros não?"

Para, finalmente, postular sua tese: "quando o candidato escolhido é pouco carismático ou tem outras fragilidades, suas chances de sucesso são menores. Adicionalmente, as características da oposição também interferem. A presença de candidatos competitivos na oposição —que normalmente se sentem estimulados a concorrer quando o governo apresenta sinais de fragilidade— dificultam o sucesso da transferência de votos."

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