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"Falta de humanidade desse governo", dizem dirigentes da UNE e UBES sobre realização do Enem

“O adiamento do Enem é fundamental para garantir que seja um processo justo para os estudantes”, afirmou Razane Barroso, presidenta da UBES, criticando a decisão do MEC de manter o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em meio à pandemia do coronavírus. "Total falta de sensibilidade e humanidade", acrescentou Iago Montalvão, da UNE

(Foto: Reprodução)
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247 - Os presidentes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Iago Montalvão e Rozane Barroso, respectivamente, concederam entrevista à TV 247 para falar sobre a campanha “#AdiaEnem, que pede o adiamento do exame, mantido pelo Ministério da Educação  em meio a pandemia do coronavírus.

“O adiamento do Enem é fundamental para garantir que seja um processo justo para os estudantes”, argumentou Razane, afirmando que a decisão do MEC faz com que os estudantes tenham seu ingresso na universidade prejudicado pela crise do Covid-19 e pelo MEC.

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Ela explica: “O meu cursinho, por exemplo, nem conseguiu iniciar as aulas este ano. Como é um cursinho popular, não foi possível garantir as aulas à distância, o que é o caso da maior parte da juventude que não tem um quarto como passa o comercial do MEC. Não tem um celular com tripé e não tem internet como passa no comercial”.

Ela se refere à propaganda do ministério que causou revolta nas redes sociais, fazendo com que a tag “Enem” entrasse nos Trending Topics do Twitter. O vídeo mostra atores, em sua maioria brancos, pedindo que estudantes não desistam de prestar a prova para que o país não perca uma “nova geração de profissionais”.

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Para Rozana, a peça publicitária dá a falsa ideia de que todos os jovens brasileiros tivessem uma realidade "justa e que os estudantes brasileiros tivessem oportunidades iguais para realizar essa prova".

"Total falta de sensibilidade e humanidade de um governo que, num momento como este, tem vontade e orgulho de estar na contramão de todas as orientações de saúde”, repudia Iago, da UNE.

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O dirigente estudantil lembra que outros países adiaram as seus vestibulares por conta da pandemia. A França cancelou o BAC, exame nacional de ingresso no ensino superior. A Itália tem como plano B abolir a prova escrita e fazer entrevistas por teleconferência. A Espanha adiou para uma data indefinida os vestibulares do meio do ano. Os Estados Unidos pararam tudo até junho e vão esperar para avaliar o que fazer dali para a frente. As principais universidades de Colombia, Peru e México também registram adiamentos de suas provas de admissão.

A UNE e a UBES realizam ato no próximo dia 15 ato unificado pelo #AdiaEnem, convocando vários movimentos em defesa dos direitos estudantis e da juventude.

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Política de destruição

Iago salientou que parte do movimento de manter o ENEM nessas condições para para destruir as políticas de inclusão, que garantiram avanços importantes nos últimos anos.

“O MEC tenta destruir esses mecanismos, pouco a pouco, tentando levar de volta ao modelo que dizia que só pode entrar na universidade que ‘tem as condições necessárias’. A universidade precisa estar aberta para todos”, defendeu.

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