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Único réu foragido, 'homem-bomba' quer negociar

Geovani Pereira da Silva, apontado como o contador de Cachoeira, só aceita se apresentar à PF se tiver prisão revogada, revela advogado que conduz o passaporte do cliente para provar que ele não fugiu para o exterior

Único réu foragido, 'homem-bomba' quer negociar (Foto: Divulgação_Folhapress)
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Goiás247 - Considerado o "homem-bomba" e a peça que falta para fechar o percurso das investigações que desarticulou o esquema de jogos ilegais comandado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, o contador Geovani Pereira da Silva, de 45 anos, não se considera foragido, mas "escondido" em algum lugar de Goiás e somente vai se entregar quando tiver a prisão revogada. Ou seja, só se apresenta se lhe garantirem a liberdade de ir e vir.

A revelação foi feita ontem por Calisto Abdalla Neto, advogado do único réu da Operação Monte Carlo ainda procurado pelo Polícia Federal. Ele circulou na 11ª Vara da Justiça Federal em Goiânia durante o julgamento de sete denunciados no cachoeiragate.

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Calisto Abdalla Neto cumpre um périplo na tentativa de provar que seu cliente não embarcou para o exterior e sequer está foragido. Para tanto, busca junto à Justiça e ao Ministério Público Federal, apresentar o passaporte de Geovani, acusado de ser o contador de Cachoeira. Ele teria intenção de colaborar e até mesmo de se entregar, mas desde que permanecesse em liberdade.

Para Calisto Abdalla Neto seu cliente não se apresentou à polícia porque não quer ser preso. "Isso é um direito dele. A gente tem que respeitar", declarou ao Portal Terra.  O advogado avalia que, após 149 dias sendo procurado pela PF, a condição atual do réu não complicará ainda mais a sua situação perante a Justiça. "Acho que não vai mudar nada", diz, convicto de que poderá reverter o cenário adverso.

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Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Geovani era responsável por receber o dinheiro arrecadado do jogo ilegal e fazer pagamentos da organização criminosa. Calcula-se que a movimentação da quadrilha chegou a bilhões de reais. Mas, para o advogado, "homem-bomba é o Carlinhos Cachoeira. Não é o Geovani".

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no dia 22 de julho, o advogado negou que seu cliente estaria negociando uma delação premiada. "Se ele fala, acorda morto. Ou morre antes mesmo de falar", disse na ocasião.

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Geovani declarou ser dono de um patrimônio inferior a R$ 200 mil, mas dados remetidos à CPI mostram que estes rendimentos declarados nem de longe se aproximam de sua elevada movimentação financeira.

Extratos do Banco Itaú obtidos pela CPI descrevem a passagem milionária de valores pelas contas do contador. Os registros revelam transferências de R$ 2 milhões em um único dia. O dinheiro teria destino certo: outras contas de Geovani, integrantes da quadrilha - ou  simplesmente laranjas.

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