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Brasil

Vanessa: reforma da Previdência aprofunda descenso das mulheres

Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) destacou nesta terça-feira, 6, que a reforma da Previdência proposta pelo presidente Michel Temer, com idade mínima de 65 anos para aposentadoria para homens e mulheres, e tempo de contribuição de 49 anos para se receber o benefício integral, só irá piorar a situação de desigualdade entre homens e mulheres no País; "No sentido contrário da busca pela igualdade entre os gêneros, vem aí a reforma da Previdência, que atingirá duramente o direito dos trabalhadores e sobretudo das mulheres", afirma; "Mas nós, mulheres, estaremos de pé, resistiremos, lutaremos e venceremos!"

Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa ordinária. Em discurso, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado (Foto: Aquiles Lins)
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Do Portal Vermelho - A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que é Procuradora da Mulher no Senado destacou, em seu artigo foi publicado no jornal Folha de S.Paulo, nesta terça-feira (6), como a crise no país e a falta de políticas afirmativas podem agravar ainda mais o "processo de descenso social das mulheres" no Brasil.

Com o título "Queremos salário, lazer, tempo e poder", a procuradora destaca que os dados apresentados pela Síntese de Indicadores Sociais – 2016, do IBGE - que analisa as condições de vida da população brasileira – apontam o aprofundamento "das desigualdades entre homens e mulheres no Brasil".

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Vanessa Grazziotin chama a atenção no texto para "a queda significativa, a partir de 2015, no processo de inclusão e ascensão social iniciada em 2003".

"É nessa perspectiva sombria que analisamos esse processo de descenso social das mulheres que, ao lado dos negros, será a parcela mais atingida".

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"Sem eliminar as críticas à política econômica adotada pelo governo anterior, fica evidente que esse cenário nacional é reflexo da crise mundial do capitalismo que se arrasta pelo oitavo ano consecutivo e é do conhecimento de todos", destaca Vanessa em sua publicação.

Piora após golpe no Brasil

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"Os números mostram que esse quadro de recessão, que já representa elementos de depressão, só tem piorado após o golpe. Enquanto promovem um despropositado arrocho fiscal, que atinge negativamente a economia, adotam medidas que favorecem o capital especulativo (aumento dos juros reais e devolução de R$ 100 bilhões pelo BNDES à União)".

Mercado de trabalho

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Sobre os números apresentados pelo IBGE, a senadora Vanessa Grazziotin destacou a desigualdade salarial e a jornada de trabalho, incluindo o tempo que homens e mulheres gastam com o trabalho doméstico.

"Em 2015 as mulheres recebiam, em média, 76% do rendimento dos homens em trabalhos convencionais e apenas 68% nos cargos de chefia, mas trabalhavam cinco horas a mais. Trabalhavam 54,9 horas semanais (20 horas na jornada doméstica e 34,9 no expediente externo) contra 50,8 horas da jornada dos homens (10 nos serviços domésticos e 40,8 no expediente externo)".

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Tarefas de casa

"As atividades relacionadas com os afazeres e cuidados domésticos, que não é remunerada, tem um forte impacto para as mulheres. A relação entre as atividades remuneradas e não remuneradas afeta o bem-estar, deteriora a qualidade de vida e é um dos fortes fatores que inibem as mulheres de terem uma participação mais ativa na sociedade, como, por exemplo, a atividade política".

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"Os padrões de gênero na sociedade brasileira, portanto, continuaram praticamente inalterados. Sabemos que o tempo é uma das principais pontas do nó: ter tempo é uma das questões mais crucialmente ligadas à dominação. Queremos salário, lazer e tempo, porque queremos poder".

Ampliar tempo de trabalho e equiparar com os homens é inaceitável

"Lamentavelmente, no sentido contrário da busca pela igualdade entre os gêneros, vem aí a reforma da Previdência, que atingirá duramente o direito dos trabalhadores e sobretudo das mulheres. Já sinalizaram que querem ampliar ainda mais o tempo de trabalho para aposentadoria das mulheres em relação aos homens, o que é inaceitável, visto sua maior jornada de trabalho", criticou Vanessa Grazziotin.

Entretanto, a senadora acredita que a união e a mobilização das mulheres por esta causa justa poderá deter a crescente desigualdade de gênero. "Mas nós, mulheres, estaremos de pé, resistiremos, lutaremos e venceremos!", conclui a senadora.

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