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Vendedor de vacina que recuou após pedido de propina chegou ao governo pela "Abin paralela"

Representante da Davati Medical Supply teve seu primeiro contato com o coronel da reserva do Exército Roberto Criscuoli, que encaminhou o vendedor para Rodrigo de Lima Padilha, funcionário terceirizado do Ministério da Saúde

Roberto Criscuoli (Foto: Reprodução/Facebook)

247 - O representante da Davati Medical Supply, que denunciou na terça-feira (29) ter desistido de vender vacinas ao Ministério da Saúde depois de receber um pedido de propina, chegou ao governo brasileiro por meio de um militar da chamada "Abin paralela", grupo de informantes informais de Jair Bolsonaro.

Ao Estado de S. Paulo, o coronel da reserva do Exército Roberto Criscuoli disse ter sido responsável por fazer a ponte entre a Davati e o Ministério da Saúde.

"Eu fui procurado por um representante da empresa uma vez num hotel. Vieram falando que era porque eu conhecia muita gente no governo. É lícito vender vacinas, é um item que o governo estava comprando. Mas, como não sou lobista, só disse para procurarem o Rodrigo", disse Criscuoli em referência a Rodrigo de Lima Padilha, funcionário terceirizado do Ministério da Saúde.

Rodrigo de Lima Padilha tem ligação com o coronel Pedro Geraldo Pinheiro dos Santos, que na época ocupava o posto de diretor do Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento do ministério (DESID). Atualmente ele é superintendente da pasta no Rio de Janeiro.

Criscuoli, no entanto, afirma não se lembrar do nome do representante da Davati com quem teve contato.

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