HOME > Brasil

Weintraub volta a espalhar fake news do “kit gay" para atacar Lula e Paulo Freire

"Sai o kit gay e entra a leitura em família”, disse o ministro ao falar sobre a implantação do programa "Conta Pra Mim", que estimula a leitura infantil com familiares. O "kit gay" foi uma mentira espalhada durante a campanha nas redes sociais

Weintraub diz que vai pegar fundo da Lava Jato para o MEC (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - Durante transmissão ao vivo pelas redes sociais para apresentar um balanço das ações do Ministério da Educação nesta terça-feira (7), o ministro Abraham Weintraub, voltou a usar a maior fake news da campanha de Jair Bolsonaro contra Fernando Haddad, o tal "kit gay".

 "Sai o kit gay e entra a leitura em família”, disse o ministro ao falar sobre a implantação do programa "Conta Pra Mim", que estimula a leitura infantil com familiares.

"Criamos esse programa justamente para valorizar o papel da família com as crianças pequenas nos primeiros anos de vida e para estreitar os laços familiares", disse Weintraub durante a live.

A mentira usada durante a campanha e espalhada nas redes sociais dizia que a proposta do "kit gay" era ensinar sexo na escola a crianças de seis anos ou até forçá-las a mudarem de gênero.

O ministro e Bolsonaro usaram a apresentação para fazer ataques a Lula. Atribuíram aos governo Lula a posição do Brasil nos indicadores internacionais. "Quem é o patrono do Lula na educação? Paulo Freire!", provocou Bolsonaro. " O que a gente vê no resultado depois de 20 anos de Paulo Freire", questionou o ministro.

Weintraub também voltou a atacar os estudantes. "A garotada que fará o Enem deste ano tem que estudar. Acabou a balbúrdia. O que vai cair é o que as famílias precisam para o futuro", disse.

A deputada Margarida Salomão (PT-MG) criticou a postura do ministro. "O Ministério da Educação é, nitidamente, o pior dos ministérios de Bolsonaro. Weintraub tem o mérito de conseguir ser pior ministro que Vélez Rodrigues. Somente doses cavalares de delírio, de cinismo e de estupidez para sustentar-se no cargo", enfatizou.