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BNDES amplia conectividade escolar e fortalece inclusão digital

Nova seleção do BNDES Fust Escolas Conectadas destina R$53 mi para levar internet adequada a 1258 escolas do Norte e Nordeste, beneficiando 410 mil alunos

BNDES amplia conectividade escolar e fortalece inclusão digital (Foto: Freepik )

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com os ministérios da Educação (MEC) e das Comunicações (MCom), anunciou uma nova etapa do programa BNDES Fust Escolas Conectadas. As informações são do próprio BNDES e dos ministérios envolvidos na iniciativa.

O segundo edital público do programa destina R$ 53 milhões em recursos não reembolsáveis do Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações (Fust) para levar internet de alta qualidade a 1.258 escolas públicas do Norte e Nordeste. A ação deve ampliar o acesso de cerca de 410 mil estudantes à chamada “conectividade significativa”, condição essencial para o uso pedagógico da tecnologia em sala de aula.

Somadas as duas seleções, o programa atingirá quase 1 milhão de alunos atendidos. No edital anterior, lançado em 2023, foram investidos R$ 60 milhões para conectar 1,5 mil escolas, das quais 824 já estão operando coma infraestrutura instalada.

Estratégia nacional para universalizar a conectividade

A iniciativa integra a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), que reúne expansão de infraestrutura, contratação de serviços de internet, formação de professores e monitoramento contínuo da qualidade da conexão. As diretrizes do novo edital foram definidas pelo MCom, MEC e Casa Civil, com aprovação do Conselho Gestor do Fust.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a relevância social da iniciativa. “Com esta segunda seleção de projetos, o BNDES segue expandindo o alcance do Fust nas duas regiões brasileiras que apresentam os piores indicadores de conectividade, levando o acesso à internet de banda larga a mais 1.200 escolas”, afirmou. Ele ressaltou ainda a articulação entre os órgãos envolvidos: “Graças a uma articulação exemplar entre o Banco, o MCom e o MEC, o governo federal estruturou essa iniciativa, que aproxima os alunos do conhecimento, imprimindo novo impulso à qualidade do ensino público e ajudando a mitigar desigualdades sociais e regionais”.

O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, lembrou que o Fust começou a financiar projetos estruturantes a partir de 2023. “Este segundo edital é mais um passo fundamental para atingirmos, até o final do próximo ano, a nossa meta de levar conectividade significativa para as salas de aulas de todas as escolas do nosso país”, afirmou. Ele reforçou o papel pedagógico da conectividade: “É um projeto muito ambicioso e necessário para que a internet seja utilizada para fins pedagógicos. A educação precisa caminhar junto com a inclusão digital dos alunos”.

Para o ministro da Educação, Camilo Santana, a iniciativa é decisiva para garantir equidade educacional. “A internet adequada em sala de aula é uma condição para garantir que todos os estudantes tenham as mesmas oportunidades de aprender e se desenvolver”, ressaltou. Ele também destacou a atuação integrada do governo: “Com este novo edital, avançamos na atuação integrada do governo para levar infraestrutura de qualidade às escolas que mais precisam, especialmente no Norte e Nordeste. A Enec organiza essa visão sistêmica – que reúne infraestrutura, formação de professores, uso pedagógico e monitoramento – para transformar tecnologia em aprendizagem e combater desigualdades que são históricas no país”.

Aonde a conectividade vai chegar

O novo edital prevê que as escolas contempladas sejam distribuídas da seguinte forma:

  • 392 unidades no Pará (lote A)
     
  • 368 no Maranhão e Ceará (lote B)
     
  • 498 em Pernambuco e Bahia (lote C)
     

Todas estão localizadas em áreas com rede de fibra óptica, mas ainda sem conexão adequada para fins educacionais. O investimento cobre a implementação completa das redes externas e internas, com cabeamento, switches, roteadores, wi-fi de alto desempenho, além do serviço de internet durante 24 meses e manutenção integral da infraestrutura.

Prazos rigorosos e monitoramento contínuo

O edital estabelece marcos rígidos de entrega:

  • 15% das escolas conectadas em até 3 meses;
     
  • 50% em até 6 meses;
     
  • 100% em até 9 meses após a assinatura dos contratos.
     

Uma instituição especializada também será contratada para desenvolver uma plataforma nacional de monitoramento remoto da velocidade, qualidade e disponibilidade da conexão – ferramenta essencial para garantir que a infraestrutura entregue realmente suporte atividades pedagógicas.

Caberá ao BNDES conduzir o processo de seleção das empresas que instalarão a conectividade e acompanhar todas as etapas de execução. Três propostas serão selecionadas para implementar a infraestrutura e uma quarta para monitorar os projetos, reforçando o papel técnico do Banco em políticas estruturantes de inclusão digital.

Impactos esperados

Com a nova seleção, cerca de 410 mil estudantes terão acesso à internet com velocidade e estabilidade adequadas para ensino digital. Isso inclui acesso ampliado a plataformas educacionais, conteúdos multimídia, atividades online, integração da gestão escolar e uso de metodologias inovadoras.

A conectividade seguirá os padrões definidos pela Enec, garantindo velocidade mínima e qualidade necessárias para aplicações pedagógicas.

Primeira seleção: entregas já em andamento

O edital de 2023 destinou R$ 60 milhões para conectar 1,5 mil escolas em três lotes:

  • Amapá e Pará: 529 escolas
     
  • Acre e Amazonas: 633 escolas
     
  • Bahia, Maranhão e Paraíba: 341 escolas
     

Até o fim de novembro, 772 unidades já estavam conectadas.

Fust: mecanismo para reduzir desigualdades

Administrado pelo Ministério das Comunicações, o Fust financia a expansão e melhoria das redes de telecomunicações no país, com foco na redução de desigualdades regionais e no estímulo à inovação. O BNDES atua como agente financeiro, responsável pela execução técnica e fiscalização, assegurando que os recursos públicos sejam aplicados com eficiência e impacto social.

Com mais essa seleção, o programa reafirma a conectividade como parte integral da política educacional brasileira e como ferramenta decisiva para a inclusão social, tecnológica e regional.