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Coronavirus

Cientistas acusam Índia de ignorar ciência e deixar a pandemia explodir no país

O Consórcio Indiano de Genômica de SARS-CoV-2 disse que seus alertas foram ignorados pelo governo de extrema-direita de Narendra Modi

Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi (Foto: Agência Brasil | Reuters)
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Sputnik – Segundo membros do Consórcio Indiano de Genômica de SARS-CoV-2, que fornece informações ao governo indiano sobre estirpes do vírus, seus conselhos não foram seguidos.

O governo da Índia ignorou no início de março avisos sobre uma cepa nova e mais contagiosa tomando conta do país, relatou no sábado (1º) a agência Reuters citando cinco cientistas participantes de um fórum de consultores científicos de Nova Deli.

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O Consórcio Indiano de Genômica de SARS-CoV-2 (INSACOG, na sigla em inglês), que reúne dez laboratórios nacionais capazes de estudar novas estirpes no país, foi formado no final de dezembro de 2020, descobrindo a variante indiana já em fevereiro, segundo Ajay Parida, diretor do Instituto de Ciências da Vida estatal e membro do INSACOG.

Em 10 de março, o INSACOG alertou que as infecções poderiam aumentar rapidamente em partes do país, e muitos avisos semelhantes foram transmitidos desde então. No entanto, as informações passadas aos diferentes órgãos de saúde não tiveram resposta oficial. Modi chegou a argumentar, em um discurso de 20 de abril, que os lockdowns eram o último recurso e que era necessário salvar a economia nacional.

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Em 2020 houve um lockdown de dois meses, o que levou a uma das maiores quedas econômicas do mundo no segundo trimestre desse ano, apesar da recuperação subsequente.

"A política tem que ser baseada em evidências e não o contrário", disse Shahid Jameel, presidente do INSACOG. "Estou preocupado que a ciência não tenha sido levada em conta para conduzir a política. Mas eu sei onde para a minha jurisdição. Enquanto cientistas nós fornecemos as evidências, [enquanto] a elaboração de políticas é tarefa do governo."

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Milhões de pessoas, na maioria sem máscaras, participaram de festivais religiosos e comícios políticos organizados por Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, líderes do partido governista Bharatiya Janata e políticos da oposição. Dezenas de milhares de agricultores também continuaram acampando na periferia de Nova Deli em protesto contra a nova política agrícola de Modi.

"Estamos em uma situação muito grave", comentou Shanta Dutta, cientista de pesquisa médica do Instituto Nacional de Cólera e Doenças Entéricas, administrado pelo Estado. "As pessoas escutam mais os políticos do que os cientistas."

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Pandemia na Índia

A Índia tem passado nas últimas semanas pela sua maior onda de infecções e mortes pela pandemia da COVID-19, ultrapassando os piores números de 2020, algo que alguns cientistas consideraram ser causado tanto pela estirpe local como pela britânica. Como resultado, muitos países pelo mundo afora têm cancelado viagens de e para o país asiático.

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A Índia tem agora 19.164.969 casos de infecção pelo coronavírus, incluindo 211.853 mortes, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, EUA. Na sexta-feira (30) foram registrados 386.452 novos casos, um recorde mundial.

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