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Coronavirus

Covid-19 pode causar inflamação em canal dos testículos, indica estudo da USP

"É uma doença muito mais séria do que imaginávamos em termos de saúde do homem, em particular", afirma Jorge Hallak, professor do Departamento de Patologia da FMUSP

Casos de coronavírus no mundo superam 12 milhões, mostra contagem da Reuters (Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)
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Sputnik - Um estudo feito pela Faculdade de Medicina (FMUSP) da Universidade de São Paulo (USP) divulgado nesta terça-feira (15) mostrou que o SARS-CoV-2, vírus causador da COVID-19, pode afetar o sistema reprodutor masculino.

Os resultados da pesquisa mostraram que dos 26 pacientes analisados que tiveram casos leves e moderados da doença, que não se queixavam de dores escrotais, 42,3% apresentaram epididimite (inflamação que acomete o epidídimo, um canal localizado na parte posterior dos testículos). O artigo foi publicado na revista Andrologia.

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Estudos realizados na primeira epidemia de SARS que aconteceu na Ásia, em 2002, indicaram que autópsias mostraram que pacientes mais graves tinham orquite, uma inflamação dos testículos.

"O vírus da SARS estava relacionado a esse acometimento testicular porque ele se ligava a uma proteína chamada ACE2 e a outra chamada TMPRSS2 para entrar na célula", explicou o urologista Thiago Teixeira, um dos autores do estudo, citado pelo Jornal da USP.

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O epidídimo é um órgão com seis metros de comprimento [extensão sem compactação], onde os espermatozoides passam para adquirir uma série de funções bioquímicas com o objetivo de fertilizar o óvulo.

Os pacientes que participaram do estudo tinham entre 18 e 55 anos, faixa etária sexualmente ativa e com propósito de fertilidade. Dos 26 pacientes, nenhum deles apresentou dores escrotais, entretanto 42,3% tinham epididimite.

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Os pesquisadores perceberam que o SARS-CoV-2 utiliza o mesmo mecanismo do vírus da SARS para invadir as células. Como os testículos são ricos em ACE2, os cientistas perceberam que o órgão é um possível alvo para infecção.

Jorge Hallak, professor do Departamento de Patologia da FMUSP e coordenador do Grupo de Estudo em Saúde Masculina do Instituto de Estudos Avançados (IEA), também da USP, e um dos autores do estudo, disse que foram estudados pacientes que estavam em enfermarias.

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"É uma doença muito mais séria do que imaginávamos em termos de saúde do homem, em particular. O segundo órgão, depois do pulmão, com maior quantidade de receptores ACE2 é o testículo", disse.

O próximo passo da pesquisa é tentar entender as consequências que o SARS-CoV-2 pode gerar nos hormônios masculinos, principalmente a testosterona, e também buscam responder por qual motivo homens morrem mais de COVID-19 do que mulheres.

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