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Coronavirus

Estoque de medicamentos de intubação de hospitais privados pode acabar em 48 horas

A decisão do Ministério da Saúde de requisitar medicamentos para intubar pacientes e destiná-los ao SUS pode fazer com eles acabem em até 48 horas em alguns hospitais privados, segundo a Associação Nacional de Hospitais Privado (Anahp)

Hospital Albert Einstein (Foto: Divulgação | Reuters)
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247 - A decisão do Ministério da Saúde de requisitar medicamentos para intubar pacientes e destiná-los ao SUS pode fazer com eles acabem em até 48 horas em alguns hospitais privados, segundo a Associação Nacional de Hospitais Privado (Anahp), conforme foi noticiado pela coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

A Anahp representa os 118 maiores hospitais privados do Brasil, que atendem cerca de 8.000 pacientes da Covid-19.

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A decisão do Ministério da Saúde ocorreu após receber a informação que os estoques de medicamentos para pacientes em UTI do SUS poderiam terminar em 15 dias. Faltam medicamentos essenciais para intubar pacientes com casos graves da doença, como sedativos, anestésicos e bloqueadores musculares.

"Precisamos que o governo dialogue o quanto antes com o setor privado. Nossos estoques estão muito baixos e não estão sendo repostos pela indústria por conta das requisições administrativas que o ministério está fazendo nas fábricas", disse o diretor-executivo da Anahp, Marco Aurélio Ferreira. "A situação é preocupante porque os hospitais estão lotados. Alguns medicamentos podem acabar em até 48 horas", continuou.

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Segundo ele, foi feita uma pesquisa com os associados nesta semana, que revelou que o estoque de medicamentos duraria de 5 a 15 dias - o prazo, no entanto, foi reduzido devido ao aumento de pessoas infectadas no país.

A Anaph representa hospitais privados como Albert Eistein, Beneficência Portuguêsa, Sírio Libanês, Oswaldo Cruz, Moinhos de Vento, 9 de Julho e Barra D'Or. A associação publicou uma carta detalhando a situação dos estoques e alertando para a situação crítica nas instituições privadas.

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"Entendemos a preocupação do governo em garantir os insumos necessários para a atenção aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), mas a situação do setor privado também é bastante preocupante e, certamente, atingirá o seu ápice nos próximos dias. Caso essas instituições fiquem sem as medicações necessárias para os procedimentos exigidos em pacientes acometidos pela Covid-19, a alta demanda dos hospitais privados sobrecarregará ainda mais o setor público– agravando a situação do sistema de saúde brasileiro", diz o texto.

"Nos últimos dois dias, houve várias requisições, desorganizando a cadeia de suprimentos e privando hospitais dos recursos necessários já contratados para atender à crescente demanda de pacientes com a Covid-19", segue a carta.

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Leia a íntegra do documento dos hospitais privados:

"CARTA ABERTA

RISCO IMINENTE DE FALTA DE MEDICAMENTOS PARA PACIENTES COM COVID-19

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A situação é crítica e, se medidas urgentes não forem tomadas em âmbito nacional, mais pacientes morrerão.

Há um ano, o Brasil tem se mobilizado para o enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19). A saúde, sem dúvida, é um dos setores mais afetados pela pandemia, e tem se deparado com vários desafios importantes.

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Um dos mais graves, neste momento, é a iminente escassez de medicamentos necessários para atendimento aos pacientes graves acometidos pela Covid-19, bem como a requisição desses medicamentos pelas secretarias municipais de saúde e pelo Ministério da Saúde.

Em levantamento realizado pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), junto aos seus associados, no dia 18 de março de 2021, ficou clara a escassez de medicamentos essenciais para o tratamento de pacientes acometidos pela Covid-19, especialmente os sedativos necessários para intubação. Alguns destes medicamentos têm estoque médio de apenas quatro dias, como é o caso do propofol e cisatracurio.

Estoque atual:

•Propofol – 4 dias

•Cisatracurio – 4 dias

•Atracúrio – 4 dias

•Rocuronio – 9 dias

•Midazolam – 14 dias

•Fenatanila – 19 dias

Entendemos a preocupação do governo em garantir os insumos necessários para a atenção aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), mas a situação do setor privado também é bastante preocupante e, certamente, atingirá o seu ápice nos próximos dias. Caso essas instituições fiquem sem as medicações necessárias para os procedimentos exigidos em pacientes acometidos pela Covid-19, a alta demanda dos hospitais privados sobrecarregará ainda mais o setor público– agravando a situação do sistema de saúde brasileiro.

Nos últimos dois dias, houve várias requisições, desorganizando a cadeia de suprimentos e privando hospitais dos recursos necessários já contratados para atender à crescente demanda de pacientes com a Covid-19.

Assim sendo, solicitamos ao Ministério da Saúde e demais órgãos competentes atenção urgente em relação à esta questão crítica que a saúde está vivendo, colocando em risco a vida dos pacientes.

Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp)"

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