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Coronavirus

Governo escondeu que o principal sistema de dados do Ministério da Saúde foi afetado por ataque hacker

A jornalista Marina Pagno mostra que durante o apagão nos dados do Ministério da Saúde no mês passado, a Rede Nacional de Dados em Saúde também foi afetada

Fachada do Ministério da Saúde (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
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247 - A jornalista Marina Pagno apurou que durante o apagão nos dados do Ministério da Saúde no mês passado, a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) também foi afetada pelo ataque hacker. No Twitter, a jornalista afirma que a RNDS é "o principal sistema da pasta", a "plataforma-mãe" que "reúne todas as informações registradas por estados e municípios".

O ConecteSUS, que reúne, entre outras informações, dados sobre a vacinação no Brasil, “é um dos sistemas que ‘suga’ os dados da RNDS”, diz. “Por isso você, que tomou uma vacina covid-19 após o ataque hacker, não consegue ver o registro no app. E nem verá, até que a RNDS seja restabelecida”, explica. O ConecteSUS não está sendo atualizado desde o dia 24 de dezembro, data em que voltou a funcionar parcialmente após o ataque.

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Pagno também ressalta que, por isso, “instituições como a Fiocruz não conseguem atualizar o boletim Infogripe desde o dia 6 de dezembro” e “outros grupos, como a Rede Análise

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sobre Covid-19 “também estão com dificuldades em compilar os dados da pandemia”.

Com mais detalhes em sua coluna publicada no portal GZH, ela lembra que o boletim Infogripe é responsável por avaliar o cenário dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com da Covid-19 e da influenza, que tem aumentado no Brasil nos últimos dias.

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“O próprio LocalizaSUS, site do Ministério da Saúde para divulgação das informações da pandemia, também é afetado pela falha no sistema-mor da pasta, pois é abastecido e atualizado com as informações da Rede Nacional”, explica. 

O governo Jair Bolsonaro, que nas últimas semanas tem reforçado seu discurso contra a imunização, omitiu que a Rede Nacional de Dados em Saúde havia sido alvo do ataque hacker, segundo a jornalista.

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“Na época do ataque, o Ministério da Saúde não informou que a Rede Nacional havia sido afetada. Disse apenas que ‘sofreu um incidente que comprometeu temporariamente alguns sistemas da pasta, como o e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), ConecteSUS e funcionalidades como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, que estão indisponíveis no momento’, conforme nota enviada à imprensa no dia 10”, lembra.

De acordo com Marina Pagno, circula nos bastidores a informação de que a Rede Nacional voltará a funcionar na próxima semana ou ao longo do mês de janeiro.

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“Caso isso aconteça, quem tomou uma dose da vacina covid-19 durante o ‘apagão’ dos dados da pasta, poderá ver o registro no ConecteSUS assim que a plataforma voltar a funcionar. Até lá, mesmo que a dose seja registrada no local da aplicação do imunizante, não aparecerá no aplicativo”, explica.

O Ministério da Saúde enviou, nesta quinta-feira, 6, um comunicado afirmando que os dados lançados após o dia 10 de dezembro ainda não constam nas plataformas, mas que gestores locais já podem registrar as informações, pois “assim que a integração de dados for restabelecida, os registros poderão ser acessados pelos usuários”.

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