Pesquisa científica no Irã é afetada por cerco dos EUA, em plena pandemia do coronavírus
A comunidade científica do Irã enfrenta uma situação crítica devido ao cerco econômico imposto pelos Estados Unidos, denunciou uma edição recente da revista Science
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247 - As medidas anti-Irã minam a ciência do país persa, levam os pesquisadores à beira da falência moral e afetam os serviços de saúde, indica um artigo da revista Science.
Desde a retomada do cerco americano por meio de sanções econômicas, a nação dos persas entrou em recessão econômica e, como consequência, os orçamentos para trabalhos científicos, a aquisição de medicamentos e os cuidados médicos diminuíram.
Pesquisadores iranianos esperam que seus colegas em todo o mundo denunciem o impacto das medidas punitivas dos EUA na República islâmica, disse Vahid Ahmadi, diretor do Instituto Nacional de Pesquisa de Política Científica de Teerã e consultor do Ministério da Ciência.
'A comunidade científica internacional deve estar ciente do problema e redobrar seus esforços para apoiar projetos colaborativos com seus colegas iranianos', disse Ali Gorji, fundador do Centro de Pesquisa em Neurociência de Teerã e de Razavi, província de Mashhad.
Devido à política coercitiva norte-americana, houve uma queda acentuada no valor da moeda iraniana e, como resultado, uma redução notável no orçamento das universidades.
Atualmente, os custos de reagentes e equipamentos são quatro vezes mais altos que as sanções anteriores, principalmente para bens e serviços adquiridos no exterior, disse Gorji.
'Muitos projetos de pesquisa estão sob pressão real', alertou, especialmente aqueles com orçamentos fixos.
Um deles, datado de 2016, destinado a curar lesões na coluna vertebral com células-tronco, sofre de deficiências porque, com o orçamento alocado há cinco anos, hoje apenas um terço dos suprimentos planejados pode ser comprado.
Oito países da União Europeia decidiram aderir ao Instrumento de Apoio às Trocas Comerciais (INTEX), promovido pela França, Alemanha e Reino Unido, para contornar o cerco dos EUA e o comércio com o Irã.
Informações da Prensa Latina
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