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Coronavirus

Subnotificação é "gigantesca", dizem Estados e municípios

De acordo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), que representa 6.000 médicos, muitos doentes não entram nas estatísticas por causa da falta de kits para testes e da inexistência de uma portaria específica do ministério da Saúde para determinar quais casos devam ser considerados confirmados ou suspeitos de coronavírus

(Foto: Roberto Parizotti | Reuters | Marco Santos/Agencia Pará)
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247 - Equipes de atenção básica em várias cidades e estados do Brasil afirmam que tem sido muito grande a subnotificação de casos de coronavírus ao ministério da Saúde. Atualmente, o País tem 6,9 mil casos e 245 mortes provocadas pela doença, apontam registros oficiais. 

De acordo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), que representa 6.000 médicos atuando em 47,7 mil equipes de atenção básica em todo o Brasil, muitos doentes não entram nas estatísticas por causa da falta de kits para testes e da inexistência de uma portaria específica do ministério da Saúde para determinar quais casos devam ser considerados confirmados ou suspeitos. 

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A subnotificação ocorre mesmo após o ministro Luiz Henrique Mandetta ter solicitado, em 20 de março, que todos os casos suspeitos, independentemente da gravidade, fossem notificados por estados e municípios.

“O resultado é que estamos no escuro em relação ao que realmente notificar e sobre o número real de casos”, diz Denize Ornellas, diretora de Comunicação da SBMFC. Os relatos foram publicados em reportagem de Fernando Canzian, no jornal Folha de S.Paulo.

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No Distrito Federal, por exemplo, passaram a ser notificados todos os casos SG (Síndrome Gripal) - que incluem febre e mais um sintoma, como tosse.

“Com base na antiga orientação, notifiquei apenas um caso na semana passada. Depois da nova nota técnica, foram três só na segunda-feira”, diz Rodrigo Lima, médico de um posto na cidade satélite de Samambaia, no Distrito Federal, onde são atendidas cerca de 25 mil pessoas.

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Segundo ele, não há kits de testes para o coronavírus na região e as subnotificações “são imensas”. “Mesmo a orientação da nova nota técnica foi encaminhada pelo Whatsapp, e colegas não viram”, continua.

No Recife, o médico de família Bruno Pessoa estima que as notificações formais são de 1 para quase 40 casos suspeitos. Ele atende cerca de 4.000 pessoas em uma unidade de saúde básica.

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Ao contrário do Distrito Federal, a capital pernambucana limitou a exigência para os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. “A mudança ocorreu no dia em que ficou estabelecida a transmissão comunitária.” 

Em Minas Gerais, a médica Natália Madureira, que cuida de aproximadamente 5.000 pessoas em uma unidade básica, afirma que a falta de kits para testes e de orientações específicas da Saúde têm aumentado o número de subnotificações. “Cada estado tem tratado as notificações de maneira diferente”, diz Natália.

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No estado de São Paulo, a secretaria da Saúde publicou em 17 de março, no Diário Oficial, resolução orientando que os casos sem gravidade não fossem comunicados.

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