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Coronavirus

Variante ômicron é resultado da concentração de vacinas em países ricos, diz especialista africana

Segundo a porta-voz da Aliança Africana para a Distribuição de Vacinas, Ayoade Olatunbosun-Alakija, a nova variante da Covid-19, que teria surgido na África, é consequência de ter deixado o continente sem imunizantes

(Foto: Reprodução)
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247 - A porta-voz da Aliança Africana para a Distribuição de Vacinas, Ayoade Olatunbosun-Alakija, destacou que o surgimento da variante ômicron do novo coronavírus é resultado da concentração das vacinas contra a Covid-19 nos países mais ricos. "O surgimento dessa variante foi inevitável. Isso ocorreu devido à falta de vacinação e ao acúmulo de vacinas pelos países desenvolvidos", disse em entrevista à BBC.

Ela ainda destaca que “se a Covid-19 que apareceu na China tivesse aparecido primeiro na África, não há dúvida de que o mundo teria trancado a África e jogado a chave bem longe”. “Não haveria urgência em desenvolver vacinas porque seríamos dispensáveis. A África teria se tornado conhecida como o continente da Covid-19”, reforçou.

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A especialista africana acredita que a solução contra a pandemia seja a vacinação de todos “com justiça, urgência e rapidez”, mas o que aconteceu foi que os “países desenvolvidos estocaram vacinas”. 

Ainda mais, ela argumentou que “essas restrições de viagens aos países do continente africano são inaceitáveis, porque se baseiam em questões políticas e não em pesquisas científicas”. Diversos países, recentemente, proibiram viagens a países africanos.

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No Brasil, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, informou que a partir desta segunda-feira o país vai fechar as fronteiras para voos vindos da África do Sul, Botsuana, Essuatini (Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

No entanto, Ayoade diz que “não temos informações suficientes sobre a variante ômicron. O melhor que podemos dizer sobre, do ponto de vista científico, é que não sabemos nada”.

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“Até que todos sejam vacinados, ninguém está seguro nesta pandemia, então qual será a resposta global a este novo desafio? Vai ser uma resposta política para proteger o povo de cada país, evitando a chegada daqueles 'africanos não vacinados'?”, questiona.

Ela destacou que a responsabilidade da vulnerabilidade do continente africano é “conjunta” global, porque “a falta de vontade política e a inexistência de uma campanha global de vacinação [...] fez com que esta variante aparecesse em zonas muito vulneráveis da África”.

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“O mundo se recusou a vacinar a todos com o pouco apoio dado à iniciativa Covax (iniciativa da OMS para garantir vacinas a países pobres) ou outros métodos de distribuição”.

“Sabíamos que essas decisões, esse acúmulo de vacinas por alguns países, nos levariam a variantes mais perigosas. Por que agora estão todos surpresos? Por que estamos fechando a África quando esse vírus já está em três continentes? Ninguém está se fechando para a Bélgica e para Israel. Por que estamos isolando a África? Isso está errado, e é hora de nossos líderes africanos enfrentarem isso”, argumentou.

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