115 anos de Pixinguinha
Associado maestria no choro, gnero com cuja histria ele chega a se confundir, Pixinguinha compsde tudo; era igualmente genial como compositor, arranjador, flautista, saxofonista e at cantor; o dia nacional do choro, comemorado em 23 de abril, uma homenagem pstuma ao mestre
Sul 21- Seria insultante dizer que Pixinguinha foi um dos maiores músicos do Brasil. É mais ou menos como dizer que Drummond foi um dos melhores poetas de Itabira ou que Pelé foi um dos grandes pontas-de-lança do Santos. Pixinguinha é a nossa grande contribuição ao eterno, o maior brasileiro de todos os tempos, e um dos artistas mais refinados da história da humanidade. Se você não ouve regularmente pelo menos 50 composições de Pixinguinha, me desculpe, você está desperdiçando sua existência neste planeta com coisas triviais, irrelevantes, desimportantes.
Pixinga sintetiza todas as tradições musicais imagináveis, europeias e americanas, brasileiras e africanas, numa obra singular que diz mais sobre o que foi o século XX no Brasil do que a coleção completa de todos os jornais e revistas publicados no período. Associado à maestria no choro, gênero com cuja história ele chega a se confundir, Pixinguinha, além de incontáveis choros, compôs de tudo: marcha, polca, tango brasileiro, maxixe, frevo, xote, valsa, coco, embolada, mazurca, rumba, lundu, quadrilha e sambas de todos os tipos. Era igualmente genial como compositor, arranjador, flautista, saxofonista e até cantor.
Alfredo da Rocha Viana Filho uma vez explicou a origem do apelido: Meu apelido não era Pixinguinha, era Pinzindim. Pin-zin-dim. Minha avó, que era africana e morreu com 95 anos de idade, é que me chamava assim. Depois, Almirante descobriu que Pinzindim é uma palavra de um dialeto africano, que quer dizer menino bom. Almirante é que me disse. Já o apelido de Pixinguinha surgiu depois que eu tive bexiga, numa epidemia. Então, uns me chamavam de Bexinguinha, Bixinguinha, foi uma complicação de apelidos. Até hoje, não sei por que fiquei como Pixinguinha (Sérgio Cabral, Pixinguinha: Vida e Obra, Rio, Lumiar, 1997, p.38). Depois, Mestre Nei Lopes descobriria que em xironga, língua de Moçambique, psi-di quer dizer comilão ou glutão, o que Sérgio Cabral considera origem plausível, já que na infância Pixinga também havia sido conhecido como Carne Assada. Leia mais aqui.
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