+18: Queer, sinestesia e tradição em Sense8

Por Rafael Samways, para o 247

Na Tela

No último final de semana foi lançado a Sense8, pelo Netflix. Uma série original assinada pelos irmãos Wachowski. Sim! Os responsáveis pela trilogia Matrix, com uma visão vanguardista da sociedade, dirigem uma das principais apostas de 2015 para o canal streaming. Basta dizer - não sei se isto já é reflexo da ousadia da obra - que em três dias houve mais de 500 mil downloads piratas.

A trama não é pra qualquer um. Não irei adiantar porque não quero fazer nenhum spoiller. Contudo, se você ficou com raiva do novo posicionamento do Boticário, nem assista. A genialidade não está somente na trama. A humanização sem preconceitos ou máscaras, incluindo o cotidiano de casais homoafetivos, além de trazer personagens únicos, atrelados a suas culturas conservadoras, por vezes, chama mais a atenção do que o próprio Scy-fy.

Eu assisti despretensiosamente os primeiros capítulos. Nem sabia do que se tratava. À medida que foi avançando os episódios, fui ficando cada vez mais empolgado com a história. Reforço: a direção é impecável. O roteiro sensacional. Entretanto, a provocação para a sociedade e seus modelos foi o que me guiou e quase me fez aplaudir de pé, sozinho, em frente da minha TV.

Pelo trailer já da pra ter um gostinho:

No Mp3

Depois de adiar. Vazar algumas faixas. Até que enfim é lançado o novo trabalho da Florence and the Machine. Trata-se do terceiro álbum, o "How Big, How Blue, How Beautiful". Pelo que ouvi do material, o sucesso é garantido. Não tenho dúvidas que será um dos mais importantes da música alternativa em 2015. A voz inconfundível da Florence (vocalista) e sua interpretação performática garante pelo menos um top 10 nas paradas mundiais. Na Inglaterra já figura em primeiro lugar. Para o novo álbum há canções mais lentas e fortes do que os outros já lançados.

Confere aí:

No Confessionário

Numa semana cheia de lançamentos, não poderia deixar de pontuar o novo clipe da Banda Gentileza. O áudio-visual foi assinado por Max Leean, um dos produtores do premiadíssimo Estômago (2007). Ele também foi responsável pelo sucesso do grande Hit da banda curitibana "Quem me Dera". No entanto, confesso que fiquei um pouco desapontado com o resultado final deste clipe. O "Casa" usa efeitos e planos sequência que já estão cansando de tanto serem usados. No quesito canção, a mistura forró, xote e rock entra na corrente que podemos ver nos "superstars" da vida. A originalidade do "Quem me dera" não foi atingido desta fez. Vamos aguardar os próximos. Tenho certeza que a rapaziada da banda ainda irá nos surpreender como aconteceu anos atrás.

Vale o play do lançamento:

Namastê