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Cultura

A nova saga de Peter Weir

H oito anos sem filmar, o diretor australiano est de volta com um novo trabalho em que narra a inacreditvel saga de sete fugitivos soviticos que escapam dos campos de trabalho forado da Sibria e cruzam a sia em direo ndia. Assista ao trailer

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Patricia Lobo_247 - O diretor australiano Peter Weir, 66 anos, não é o tipo de cineasta que engata um trabalho no outro, os intervalos entre suas produções são geralmente longos. São de Weir filmes famosos como A Testemunha, de 1985, Sociedade dos Poetas Mortos, de 1989 e O Show de Truman, de 1998 – todos receberam diversas indicações ao Oscar e foram sucesso de público. O seu último trabalho foi Mestre dos Mares – o Lado Mais Distante do Mundo, realizado há oitos anos e que narra uma grandiosa batalha marítima de um general contra o exército napoleônico. Em sua nova produção, Caminho da Liberdade, com orçamento modesto de US$ 30 milhões, o diretor retoma o seu duelo com a natureza ao narrar a épica fuga de sete prisioneiros de guerra de uma “gulag” na Sibéria (nome dado às prisões da antiga União Soviética que eram semelhantes aos campos nazistas).

O trajeto passa pelo deserto de Gobi, Tibet e Himalaia com o objetivo de chegar à Índia – uma caminhada de 6,4 mil quilômetros. Um elenco de ótimos atores interpreta o grupo de fugitivos, entre eles Jim Sturgess, Ed Harris, Saoirse Ronan (única personagem feminina da trama) e Colin Farrel. Este último, vencedor do Oscar este ano, encarna o atormentado assassino russo Valka. O grupo enfrentará extremos climáticos: desde as geladas florestas nórdicas até o calor do deserto. Era década de 1940, pleno regime do ditador russo Josef Stálin (1924 – 1953), quando eles se aproveitam de uma forte nevasca para fugir. Nunca se pagou tão caro pela liberdade. As chances de que eles chegassem vivos ao destino eram pequenas.

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O filme é uma adaptação do livro The long walk: the true story of a trek for freedom, um relato verídico do polonês Slavomir Rawicz (publicado aqui pela Editora Record), um dos sobreviventes da inacreditável fuga. O filme foi co-produzido pela National Geographic (o que se percebe pela grande acuidade na fotografia das paisagens ao longo de toda a obra). E o perfeccionismo de Weir também aparece nos menores detalhes dessa implacável luta pela sobrevivência. Também vale destacar o domínio preciso de ritmo. Nada na trama é em vão. E as imagens mostram amplitude e estão repletas de significados. Elas enfocam períodos de ruídos selvagens, respiração ou apenas a estoica caminhada dos personagens.

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