A resistência cultural contra as pretensões do imperialismo estadunidense
O artista plástico baiano Erick Meira reflete em sua obra a disputa geopolítica de nossa época, com a emergência da China e o declínio estadunidense
Por Erick Meira (*) - Predação, imposição, submissão, palavras que talvez sejam capazes de trazer a essência do capitalismo. O imperialismo americano não mede esforços para dominar nações, seja através das armas ou de mobilizações para desestabilizar governos eleitos democraticamente, como ocorreu no Brasil em 2016.
A obra traz ícones que representam duas grandes potências mundiais, uma imperialista e outra em fase de desenvolvimento do socialismo, governada pelo Partido Comunista da China.
A competição entre a China e os Estados Unidos abrange áreas como economia, política, tecnologia, segurança e influência global.
Ainda consideram a China como segunda maior economia do mundo, entretanto em algumas áreas a China supera os EUA. Os dois países são parceiros comerciais e concorrem em setores como tecnologia, manufatura e comércio internacional.
A China está investindo pesadamente em infraestrutura global por meio da Iniciativa do Cinturão e Rota, é também o principal país dos Brics, desafiando a hegemonia econômica dos EUA. Diferente dos Estados Unidos, a China tem relação comercial com vários países, na base do ganha-ganha.
A China está se tornando cada vez mais assertiva em questões de segurança regional, é talvez a maior potência militar no mar. Todo esse investimento é para se defender das ameaças dos EUA .
A China está investindo pesadamente em tecnologias emergentes como inteligência artificial (IA), 5G e semicondutores, visando reduzir sua dependência de tecnologias estrangeiras. Ao lançar as ferramentas de IA DeepSeek e Alibaba, a China desmoralizou o Vale do Silício e impôs prejuízo de bilhões às grandes corporações, além de ferir mortalmente o orgulho dos mandatários dos EUA.
A política agressiva dos EUA tem implicações significativas para a ordem global, com reflexos no comércio internacional e na estabilidade mundial.
A rivalidade entre as duas potências também pode levar a uma fragmentação do sistema internacional.
As implicações dessa rivalidade são significativas e vão moldar a ordem mundial nas próximas décadas, contudo antes de cair o imperialismo irá fazer muitas guerras.
A obra (foto) prevê o futuro da China e a derrocada dos Estados Unidos.
(*) Artista plástico
