A revanche de Rihanna

247 - Não é a primeira vez que Rihanna trata de assuntos pessoais, que se tornaram públicos, em suas canções. E violência sexual e agressão são temas que levaram a artista para as páginas policiais há dois anos: ela prestou queixa após sofrer sucessivas surras do ex-marido, o rapper Chris Brown. O fato terminou com sua condenação a cinco anos de prisão, o pagamento de fiança de US$ 50 mil e a proibição de se aproximar da artista (ele deve manter sempre uma distância de 45 metros de Rihanna). A crise da popstar foi vivenciada sob os holofotes de todo o mundo e, nesta semana, ela voltou ao tema com o lançamento de seu novo vídeo, Man Down, que mostra um agressor sexual sendo assassinado por sua vítima, que é interpretada pela cantora. A ABC News e outras emissoras de tevê consideraram o clipe um incentivo à vingança e o baniram da programação.

Uma organização humanitária em defesa dos direitos da mulher declarou que a história pessoal de Rihanna e seu papel como celebridade contribuíram na promoção de uma mensagem encorajadora às mulheres vítimas de violência, mas também condenou o vídeo por encorajar a retaliação em vez de incentivar a denúncia dos agressores. Esquecem, no entanto, que o clipe é um trabalho de ficção que não se propõe a transmitir mensagens edificantes. Mas a polêmica ajudou a bombar ainda mais o vídeo que está nos trending topics. No twitter, a artista escreveu aos fãs: “Mulheres e meninas de todo o mundo...somos muitas coisas...somos fortes, inocentes, divertidas, charmosas, vulneráveis e, algumas vezes, nossa inocência nos faz ingênuas. Sempre acreditamos que certas coisas jamais acontecerão conosco mas, na realidade, pode acontecer com qualquer uma de nós. Por isso, garotas, sejam cuidadosas”.