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Cultura

A roqueira que deu samba

A vida dramtica e o talento exuberante da cantora brasileira so retratados em um novo documentrio

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Por Diogo Palmieri – Em um cenário avermelhado, marcado por uma fotografia verde-escura, a “filha” de Louis Armstrong surge na tela, de cara limpa e com poucos gestos, para apresentar os versos autoafirmativos da canção “Lama”, de Paulo Marques e Alice Chaves. A apresentação a capella abre o documentário “Elza”, que chega aos cinemas nesta sexta-feira 17, quase três anos após ser anunciado pelos diretores. Com apenas três cópias no Estado de São Paulo (duas na capital e uma em Santos), a trama reconta alguns momentos da vida dessa intérprete de voz rouca, que foi eleita a cantora do milênio pela BBC, em Londres. A direção é de Izabel Jaguaribe (“Paulinho da Viola - Meu Tempo É Hoje”) e Ernesto Baldan, que fazem uma boa mistura de confissões da diva com apresentações musicais de alto calibre. Os pocket shows de Caetano Veloso, Jorge Ben Jor, Paulinho da Viola e Maria Bethânia, distribuídos pelo roteiro, lembram outro documentário musical, “Vinicius”, de Miguel Faria Jr. A diferença é que, desta vez, a própria homenageada canta em cena, sentada em um banquinho ao lado de outras estrelas, em um dos melhores momentos do filme.

Nascida em 1937, em uma favela carioca, Elza da Conceição Soares se apresentou pela primeira vez ao público na década de 1950, durante o programa “Calouros em Desfile” (Rádio Tupi), de Ary Barroso. Apesar do sucesso quase instantâneo, o primeiro convite para gravar só veio em 1960, quando lançou o LP “Se Acaso Você Chegasse”. “Eu queria mesmo era ser prostituta. Achava bonita a palavra, quando era pequena”, revela a ex-mulher de Garrincha que se diz amante do rock e do samba e tem prazer em reafirmar que nunca aceitou as convenções que lhe foram impostas. Depois de assistir ao filme duas vezes, Elza, que no momento está com os movimentos limitados por conta de uma torção no tornozelo, revela estar feliz com o registro. “Não costumo me assistir na TV, mas gostei de ver o filme porque fala da minha arte, e não da minha vida em si”, confessa. Mas é bom ela se acostumar porque, desde 2008, a cineasta Elizabete Martins Campos tem feito imersões no cotidiano da cantora para lançar o docudrama “Elza – a Voz do Brasil” (http://itcanal.com/elza), ainda sem data para chegar às telas. Sobre o futuro, a intérprete revela que está trabalhando em algo que sempre sonhou em fazer. “No momento, estou finalizando um cd de jazz, cantado todinho em inglês.” Nem é preciso dizer que um único documentário não será capaz de traduzi-la.

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Preste atenção: Nos comentários ácidos de Caetano Veloso. Além de se comparar à Elza Soares, o baiano critica Alcione e Beth Carvalho sem a menor cerimônia.

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