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    ‘Ainda Estou Aqui’ é alvo de onda de notícias falsas após o Oscar

    Grupos bolsonaristas compartilham ataques a Walter Salles e Fernanda Torres, além de desinformações sobre e Lei Rouanet

    (Foto: Divulgação)
    Otávio Rosso avatar
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    247 - Após a conquista do Oscar de Melhor Filme Internacional no Oscar, o filme ‘Ainda Estou Aqui’ foi alvo de uma onda de notícias falsas criada por bolsonaristas, aponta um monitoramento realizado pela Palmer em mais de 100 mil grupos de WhatsApp e Telegram. A obra dirigida por Walter Salles e estrelada por Fernanda Torres já vinha sendo alvo da extrema-direita desde o seu lançamento, mas os ataques se intensificaram após o dia 2 de março, data da cerimônia do Oscar. As informações são da Folha de S. Paulo.

    Desde o ano passado, grupos de direita promoviam boicotes ao filme, afirmando que ele apresenta uma visão distorcida da ditadura militar. A obra conta a história do ex-deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura militar, e a busca de sua mulher, Eunice Paiva, por justiça. 

    Entre os ataques disparados após o Oscar, está associação de Walter Salles e seu irmão, João Moreira Salles, ao crime organizado, os apontando como financiadores do traficante Marcinho VP. Já Fernanda Torres foi alvo de críticas por ter, supostamente, se beneficiado da Lei Rouanet, destacando que artistas se beneficiam de dinheiro público para promover ideologias políticas.

    A desinformação não se limita a ataques pessoais: a narrativa sobre o uso de incentivos públicos pela classe artística tem sido amplamente propagada. Mensagens falsas nos grupos bolsonaristas afirmam que o governo Lula destinou R$ 15 bilhões para a Lei Rouanet em 2025, quando, na realidade, o valor previsto é de R$ 2,9 bilhões, sendo este oriundo de renúncia fiscal, não de repasses diretos do governo.

    Além disso, surgiram alegações falsas sobre a figura de Rubens Paiva, ex-deputado assassinado pela ditadura militar. De acordo com as mensagens que circularam, Paiva teria sido membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e envolvido em atividades ilícitas. No entanto, o ex-deputado era filiado ao PTB, e não há qualquer comprovação de sua ligação com atividades ilegais, sendo sua perseguição política um reflexo da repressão do regime militar.

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