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Cultura

Ana de Holanda diz que caso Bethânia “é tempestade em copo d’água”

Em entrevista ao Estado, ela admite que ser ministra da Cultura muito mais violento do que eu imaginei

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247 - A cantora Ana Buarque de Holanda não sabia que a cadeira de ministra da Cultura é dura, incômoda e cercada por lobbies e questionamentos de todos os lados. “Está sendo muito mais violento do que eu imaginei”, disse ela em entrevista aos jornalistas João Bosco Rabello e Julio Maria, do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no domingo 27, para em seguida se posicionar como pronta para a briga: “O fato de ser mulher ou ter um jeito delicado no falar não quer dizer que eu seja fraca ou insegura. Não sou nem um pouco insegura”.

Espera-se que a qualidade da firmeza sobressaia na gestão dela no MinC. Com verbas de R$ 1,6 bilhão para 2011, além de R$ 326 milhões para o Fundo Nacional de Cultura, o Ministério foi alçado ao centro de polêmicas que mobilizaram a comunidade cultural – essa gente agitada e bem informada que não deixa passara nada. De cara, a ministra mandou retirar do site do Ministério a propaganda da ONG Creative Commons, que advoga a cessão grátis de direitos autorais para ampla divulgação, sob o argumento da democratização do acesso à cultura. “Eu achei muito estranha a gritaria que esse caso gerou”, disse ela aos colegas do Estadão. “Não existe a possibilidade de fazer propaganda ali”. Nesse caso, a discussão de fundo é a da proteção ou franquia dos direitos autorais. E a ministra Ana deixou claro na entrevista de que lado está. “O direito do autor está previsto na Constituição, é uma cláusula pétrea. Ela tem de ser respeitada”, respondeu, a respeito do projeto de flexibilização dos direitos autorais que seu antecessor, Juca Ferreira, deixou em andamento.

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Em relação à polêmica despertada pela concessão de incentivos fiscais de R$ 1,3 milhão para a cantora Maria Bethânia montar um blog de poesias, a ministra procurou, nitidamente, um posicionamento eqüidistante. “Isso foi uma tempestade em copo d’água”, definiu. “Projetos assim são aprovados mensalmente”. É verdade, mas a notoriedade da artista despertou um proveitoso debate, que ainda envolve milhares de pessoas, especialmente pela internet, sobre se é correto conceder verbas públicas para projetos que poderiam encontrar a sua viabilidade por outros meios, com patrocínio pura e simplesmente privado, por exemplo. “A lei Rouanet viciou o mercado”, reconheceu Ana de Holanda.

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