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Cultura

Artur Barrio recebe Prêmio Velázquez

Criativo e combativo, o visceral artista portugus radicado no Brasil sempre colocou a sua arte a servio da realidade poltica e social em que vive. Alm de mais prestgio, ele ganha US$ 175 mil

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247, com agências internacionais – Há 42 anos o artista luso-brasileiro Artur Barrio manifestou-se contra a ditadura militar, a sua maneira, durante uma mostra de inaguração do Palacete das Artes, em Belo Horizonte: ele lançou no rio Arrudas as suas fecundas obras de arte, as Trouxas Ensanguentadas. Tratava-se de um amontoado de lixo orgânico (sangue, pedaços de unha, saliva, ossos, etc) envolto em sacos plásticos e que eram uma trágica referência aos subterrâneos do terror em que o Brasil estava imerso naquela época. Fez o mesmo pelas ruas do Rio de Janeiro no início de 1970.

Os experimentos de Barrio, que já rodaram o mundo, foram agora contemplados com o prestigiado Prêmio Velázquez, considerado o Oscar das artes plásticas e concedido pelo Ministério da Cultura da Espanha desde 2002. A proposta do prêmio é destacar criadores que desenvolvam em seu trabalho a “construção de uma poética radical, que produza uma relação com situações políticas e sociais”, perfil de Artur Barrio, cujas obras já foram expostas no Salão de Bússola no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1969), integraram a exposição Information, em Nova York (1970) e a Documenta 11 de Kassel (2002), na Alemanha. No ano passado era uma das atrações da 29ª Bienal de Arte de São Paulo. Barrio nasceu em Portugal em 1945 e se mudou para o Rio de Janeiro aos 20 anos de idade.

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“O seu trabalho, desenrolado através de acções, performances, instalações, vídeo, explora o efémero e o transitório, interessando-se pelos efeitos simbólicos e a aparição de uma beleza inesperada”, escreveu o júri num comunicado, citado pelo “El País”. O seu interesse na utilização de materias baratos e perecíveis foi formalizado no Manifesto, lançado em 1970, e que reúne uma declaração de objetivos do artista: “lançar mão de materiais que protestem contra as categorias de arte e a situação política e social do terceiro mundo”, escreveu Barrio, a quem a imprensa espanhola apelida de “artista visceral”. Ele receberá pelo prêmio o valor de US$ 175 mil.

 

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