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      As damas do nosso teatro

      Livro presta homenagem a importantes atrizes brasileiras, cujas carreiras se confundem com a histria da dramaturgia no Pas

      Natalia Rangel avatar
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      247 – Aos 88 anos, a diva do teatro brasileiro Bibi Ferreira comemorou este mês sete décadas de carreira. Figura forte, emblemática e fundamental da história do teatro brasileiro, seu mais recente trabalho nos palcos foi em Bibi Canta e Conta Piaf, em 2009, quando interpretou a cantora francesa Edith Piaf. Acaba também de lançar o Cd Brasileira, uma suíte amorosa, em que canta clássicos da artista, acompanhada ao piano por Francis Hime. Bibi é veterana de uma geração de estrelas que enfrentou todas as adversidades que encontrou para seguir atuando e criando – mulheres cujas trajetórias confundem-se com a história do própria teatro brasileiro que hoje conhecemos. Ela e outras intérpretes primorosas estão sendo agora homenageadas no livro “As Grandes Damas - E um Perfil do Teatro Brasileiro”, da jornalista Rogéria Gomes (Editora Tinta Negra, R$ 45).

      Nele, foram compiladas as histórias de Bibi Ferreira e Eva Todor, as homenageadas, Beatriz Segall, que está atualmente na tevê no seriado da Rede Globo, Lara com Z, além de Eva Wilma, Laura Cardoso, Nicette Bruno, Norma Blum e Ruth de Souza. A iniciativa deve ganhar desdobramento em outros dois volumes sobre o assunto: um só dedicado a atores de teatro e outro com mais um time de atrizes de primeira grandeza. Para “As Grandes Damas - E um Perfil do Teatro Brasileiro”, Rogéria precisava de um aporte coerente que justificasse a escolha de suas primeiras eleitas - e a não inclusão de outras. Tinha de encontrar um recorte para que a obra não se tornasse uma enciclopédia. “Comecei pelo começo. De como o teatro chegou ao Brasil e a sustentação dada a ele pelas companhias teatrais”, diz a autora. Alinhado a esse pensamento, foram destacadas artistas que fizeram parte dessas companhias ou foram donas delas.

      Como todas ainda estão na ativa, os textos que relatam suas respectivas trajetórias de vida e carreira vêm em primeira pessoa. “Eu pretendia que elas próprias contassem suas histórias”, ressalta ela. Para isso, Rogéria foi ao encontro de cada uma de suas entrevistadas. Durante quase seis meses, as ouviu e produziu os textos escritos a partir do depoimento delas. A ideia inicial era ter incluído os relatos de Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg. Mas a impossibilidade de conversar com as duas atrizes pessoalmente - por questões profissionais ou pessoais delas - fez com que a jornalista adiasse a participação de ambas para um próximo volume.

      Atuando há 20 anos como jornalista cultural, Rogéria Gomes é uma entusiasta do teatro. E aliou seu conhecimento de causa à sua experiência como professora, para formatar um projeto com vocação literária, mas também educativa - como se propõe “As Grandes Damas”. “O teatro é uma arte transformadora, que faz pensar, refletir. Acho também que as pessoas não gostam do que não conhecem e esta é uma forma do teatro chegar até as escolas, para os ensinos fundamental e médio”.

      Por meio de parceria com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, o livro já será distribuído entre alunos de ensino fundamental do município do Rio. Mas a autora espera que outras prefeituras também se interessem em usar a obra em sala de aula. Apesar de nascer com essa vocação, é uma leitura indicada também para interessados em geral no assunto. As informações são do Jornal da Tarde.

       

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