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Cultura

Beatles forever empolga na Virada Cultural

Banda cover arrasta multido ao tocar24 horas, sem parar,a discografia completa dos rapazes de Liverpool; Prefeitura apreendeu 28 toneladas de bebida alcolica;PM registrou uma briga e um suicdio

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Mais que a mãe do rock brasileiro, Rita Lee, mais que a maior cantora pop dos 80's, Marina Lima, quem agitou mesmo a Virada Cultural Paulista foi uma banda cover. Isso mesmo, a maratona musical da Beatles 4Ever, reuniu mais de 7 mil pessoas no palco instalado no Bulevard São João, somente nas primeiras quatro horas de apresentação, segundo dados da Polícia Militar. Mesmo sem ter as estatísticas finais de todas as atrações, é possível dizer que este foi o show mais visto do evento que se encerrou às 18h deste domingo, superando o público de 4 milhões de pessoas do ano passado.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o músico Ricardo Felício, 44, que interpreta o baterista Ringo Starr, disse que o sucesso se deve à popularidade do repertório do quarteto de Liverpool. "O pessoal sabe o que vai encontrar", disse Felício no camarim improvisado atrás do palco montado na praça das Artes - entre o Vale do Anhangabaú e o largo São Bento.

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A banda que já entrou no Guiness (o livro mundial dos Recordes), em 2007, por um show de 16 horas ininterruptas, bateu uma nova marca: 24 horas de música sem intervalo. A programação do grupo era executar a discografia completa dos Beatles – 15 álbuns no total -, vestidos a caráter de cada álbum e período, do iê-iê-iê à fase psicodélica. Entre uma canção e outra, os músicos contavam histórias e curiosidades da banda mais famosa do planeta.

Para ficar 24 horas literalmente no ar, os quatro músicos - Marcus Rampazzo, Ricardo Felício, Ricardo Júnior e Fábio Colombini - passaram por uma preparação especial, que englobou exercícios físicos e dietas. Ao vivo eles também contam com um staff de emergência. "Aqui temos um fisiologista e fazemos algumas pausas para descansar", afirmou o baterista. "O mais difícil mesmo é decorar todas as músicas e letras".

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A Beatles 4Ever soma 30 anos de estrada. Sua estreia foi em 1980 no teatro Procópio Ferreira, em São Paulo. O que mais impressiona é que os músicos repetem em detalhes os figurinos e a aparência dos ingleses e têm cuidado especial com os timbres originais das canções, investindo em equipamentos da época.

Tamanha precisão surpreendeu até um Beatle original. Na década de 90, o guitarrista Marcos Rampazzo, que interpreta o guitarrista George Harrison, gravou uma fita cassete com alguns improvisos e a enviou ao ídolo por intermédio de um amigo. A reação de Harrison foi surpreendente: "ele achou que era algo dele, de que não se lembrava, e ficou tão impressionado que gravou uma fitinha de volta com um agradecimento", contou.

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Ineficiência da lei seca e sujeira

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A Lei Seca decretada para os arredores dos nove palcos da 7ª Virada Cultural Paulista parece não ter afetado em nada o comércio de álcool na região. A quatro horas do fim do evento, a Prefeitura de São Paulo divulgou um balanço prévio das ações realizadas. De acordo com levantamento, até as 11h deste domingo (17), 28 toneladas de bebidas que estavam sendo vendidas irregularmente foram apreendidas pela Guarda Civil Metropolitana. Desse total, 80% era o chamado “vinho químico” que, segundo as autoridades, é feito com álcool de limpeza misturado com corante parecido com groselha. Por causa da venda irregular de bebidas, a prefeitura fechou 18 bares na região central.

O Brasil 247 percorreu as localidades do Largo do Arouche e Avenida São João durante a madrugada e pode contabilizar dezenas de comerciantes informais vendendo cerveja e até servindo vodka com energético em bandeja.

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Outro ponto deficiente na estrutura do evento, organizado pela prefeitura em parceria com o governo do Estado, foi a falta de ambulatórios. Pouca ou nenhuma área de atendimento médico emergencial foi localizada nos locais. Em compensação, inúmeras pessoas em estado que beirava coma alcoólico foram vistas caídas pelas ruas.

Nos meios de transporte, superlotação. A partir das 3h de domingo, uma enorme fila se formava em frente a entrada da estação São Bento do metrô.

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Apesar de aparelhada com um esquadrão de limpeza de 3,3 mil catadores, a festa deixou seu rastro no volume de lixo acumulado nas vias do centro da cidade. Neste domingo, os arredores do palco Júlio Prestes e do Vale do Anhangabaú, eram os locais mais arrasados pela sujeira. Cerca de 140 toneladas de lixo foram recolhidas. Volume três vezes maior que do ano passado, quando foram registradas 48 toneladas.

 

Violência controlada

A Virada 2011 foi aparentemente de paz. A administração municipal informou a ocorrência de apenas uma briga, marcada pela internet, entre grupos punks e skinheads que iriam para o evento. O confronto, no entanto, ocorreu longe da região central onde as atrações se concentram. A briga foi no Terminal Metropolitano Jabaquara, na zona sul da capital. Facas foram apreendidas com os jovens e duas pessoas ficaram feridas.

Uma pessoa morreu durante o evento. Ela teria pulado do viaduto Santa Ifigênia. A polícia investiga o caso e até o momento ainda não liberou o balanço fechado de todas as ocorrências.

 

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