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Cultura

Caetano, o arrependido

Em novo artigo, ele tenta fazer as pazes com a imprensa, depois do affaire Bethnia

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247 – O compositor Caetano Veloso, famoso por frases que terminam em “ou não”, recuou diante das criticas feitas à imprensa sobre o noticiário em torno da obtenção de R$ 1,3 milhão em incentivos fiscais pelo blog de poesias de sua irmã, Maria Bethânia. No domingo passado, Caetano havia atacado a mídia em artigo publicado no jornal O Globo. Neste domingo 3, outra vez no mesmo jornal, ele parece ter mudado de ideia. “Se eu tivesse lido a coluna de Fernando de Barros e Silva, na “Folha” de 19 de março, eu talvez nem tivesse sentido tanta necessidade de escrever meu artigo de domingo passado”, avisa, logo na primeira frase, o compositor. E segue, pouco depois: “A “Folha” é mesmo o que eu disse: vende-se como aberta ao debate e procura não decepcionar seus leitores quanto a isso, embora seu dono tenha de fato dito (mas ele era um menino, então) que a “Veja” era sua inspiração”.

Em bom ‘caetanês’, o primeiro parágrafo do artigo na prática elogia a Folha, ao contrário do que ele mesmo escrevera na semana anterior. “A "Folha" disparou, maliciosamente, o caso. E o tratou com mais malícia do que se esperaria de um jornal que - embora seu dono e editor tenha dito à revista "Imprensa", faz décadas, que seu modelo era a "Veja" - se vende como isento e aberto ao debate em nome do esclarecimento geral.” Parece justo ficar com a dúvida: qual é o Caetano que vale? O do domingo 27 ou do domingo 3? Ou será o Caetano do próximo domingo?

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Citado por Caetano, o jornalista Fernando Barros e Silva foi o único, na imprensa, que defendeu Bethânia. O colunista da Folha de S. Paulo, em seu blog, taxou de “marcartistas” todos os que atacavam Bethânia pelo fato de, mesmo rica e consagrada, ver-se compelida a mamar nas tetas da vaca profana estatal. Barros e Silva é amigo pessoal de Chico Buarque – aliás de quem Caetano, na última semana, clamou, sem receber, apoio público à mamada milionária de Bethânia. Para variar, Chico Buarque mostrou-se um tímido dos mais alvares.

Caetano Veloso escreve nesse domingo: “ O “caso Bethânia”, invenção sensacionalista e comercial da “Folha de S. Paulo”, tinha recebido análise lúcida e crítica equilibrada no próprio jornal (com Barros e Silva suprindo função de ombudsman). O jornal segue sendo tão isento quanto lhe é possível, e isso não é pouca coisa. Pior seria não haver liberdade de imprensa ou mesmo remota ameaça à livre expressão”.

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Veladamente, Caetano ataca, mais uma vez, a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Parece que o cantor baiano não é afeito à leitura do jornal: na terça-feira passada, Bergamo, mesmo depois de ter sido nominalmente fulminada por Caetano, concedeu a Bethânia, em sua coluna, uma foto tão gigante que, no mundo da semiótica, equivaleria dar à cantora baiana o status de entidade inhaçãnica.

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