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Cultura

Caetano quer R$ 200 mil de indenização de escritor que disseminou acusação de pedofilia

"As pessoas têm uma impressão errada da Internet; acham que estão escondidas. Mas ele mesmo (Flavio Morgenstern) se vangloria, nos posts do Twitter, de que foi o criador da hashtag e de que sugeriu aos seus seguidores que a compartilhassem. É um réu confesso", disse a advogada Simone Kamenetz

"As pessoas têm uma impressão errada da Internet; acham que estão escondidas. Mas ele mesmo (Flavio Morgenstern) se vangloria, nos posts do Twitter, de que foi o criador da hashtag e de que sugeriu aos seus seguidores que a compartilhassem. É um réu confesso", disse a advogada Simone Kamenetz (Foto: Gisele Federicce)
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Da Fórum - Os advogados do músico Caetano Veloso ingressaram com uma ação na Justiça contra o escritor Flavio Azambuja Martins, mais conhecido como Flavio Morgenstern, depois de identificá-lo como autor e disseminador da hashtag #caetanopedofilo. O caso teve grande repercussão nas redes sociais no fim do mês passado.

O documento, registrado no dia 3 deste mês, pede prioridade na tramitação processual por envolver um idoso (de 75 anos). A ação foi distribuída para a 14ª Vara Cível foi feita na última segunda-feira. Os defensores de Caetano pedem que as publicações consideradas ofensivas sejam deletadas dos perfis de Morgenstern na web com urgência, com pena de R$ 5 mil em caso de descumprimento. A ação também inclui um pagamento de R$ 200 mil de indenização por dano moral.

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Morgenstern, autor de um livro sobre as manifestações de junho de 2013 ("Por trás da máscara"), tem mais de 50 mil seguidores no Twitter, sendo que no Facebook são mais de 60 mil. Sua influência sobre um número expressivo de internautas é um dos argumentos usados no processo em que os requerentes afirmam que, em uma convocação aberta, "o Réu foi o criador e o cabeça da campanha que difamou o Autor pela internet, num alcance inimaginável".

"As pessoas têm uma impressão errada da Internet; acham que estão escondidas. Mas ele mesmo (Flavio) se vangloria, nos posts do Twitter, de que foi o criador da hashtag e de que sugeriu aos seus seguidores que a compartilhassem. É um réu confesso e se esconde por trás de um pseudônimo", argumentou a advogada Simone Kamenetz, do escritório Kamenetz & Marcolini, responsável pela ação.

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Conforme escrito ao final do documento, "o autor reitera não ter interesse em participar de audiência de mediação e/ou conciliação com o Réu". Caetano também preferiu não falar diretamente com a imprensa sobre o assunto. "Ele pode postar o que quiser sobre opiniões diferentes, mas não ofensas contra o Caetano Veloso ou outro cidadão. Mas uma pessoa com esse preparo, autodeclarado intelectual, deve ter argumentos para as ideias que não concorda e não partir para essa atitude danosa, que abala a imagem de alguém. Ele não é juiz de nada para julgar o que aconteceu no passado do Caetano, dar uma sentença e condenar", declarou Simone.

A advogada afirmou ainda que outros processos devem surgir: "Agora estamos fazendo um filtro, reunindo todas as pessoas que incentivaram a acusação e elas também vão responder na Justiça. Há muitos fakes, mas vamos checar".

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No dia 21 de outubro, quando a hashtag alcançou o nível mais alto, no topo dos Trending Topics do Twitter , o escritor publicou as seguintes mensagens em seus perfis no Twitter e no Facebook:

"Caetano Veloso e Paula Lavigne processam MBL e Alexandre Frota (sic) por terem-no chamado de "pedófilo". Sugeri subirem uma hashtag, e agora #CaetanoPedofilo está nos assuntos mais comentados do Twitter. E agora, Caetano e a ex-menina de 13 anos vão processar a internet inteira? Entenderam como se faz guerra política com pouco – ou nenhum – dinheiro, só com organização?".

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Ainda no final de outubro, Caetano Veloso e Paula Lavigne conseguiram na Justiça duas liminares que obrigavam Alexandre Frota e os dirigentes do MBL, Kim Kataguiri, Renan dos Santos e Vinicius Aquino, a retirarem em 48 horas, do Twitter e do Facebook, postagens consideradas ofensivas. O assunto, neste caso, também envolvia acusações de pedofilia.

*Com informações de O Globo

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