Chico se desculpa com biógrafo de Roberto Carlos
Compositor carioca afirmou em artigo, nesta quarta-feira, não ter sido entrevistado por Paulo César de Araújo, como o autor havia dito; hoje, foto e vídeo comprovaram entrevista de Chico Buarque ao jornalista; na tréplica, Chico diz: "Agora fico sabendo que sim, dei-lhe uma entrevista em 1992. De qualquer modo, errei e por isto lhe peço desculpas"
247 - O músico e compositor Chico Buarque pediu desculpas hoje por negar ter dado entrevista a Paulo César de Araújo, autor da biografia "Roberto Carlos em detalhes". Em artigo publicado no jornal O Globo nesta quarta-feira, Chico escreveu: "Lamento pelo autor, que diz ter empenhado 15 anos de sua vida em pesquisas e entrevistas com não sei quantas pessoas, inclusive eu. Só que ele nunca me entrevistou". A declaração foi uma defesa ao direito dos artistas de "preservar sua vida pessoal".
Hoje, no entanto, o jornalista e autor do livro sobre Roberto publicou fotos e vídeo que comprovam a conversa que os dois tiveram, há 20 anos (veja aqui). Na tréplica sobre o assunto, Chico esclarece que "uma pergunta sobre Roberto Carlos talvez fosse pouco" para lembrar, numa entrevista de quatro horas feita há duas décadas, que ele contribuiu para a biografia de Araújo. "De qualquer modo, errei e por isto lhe peço desculpas", escreve Chico.
Abaixo, a tréplica do cantor, publicada pelo jornal O Globo:
"Eu não me lembrava de ter dado entrevista alguma a Paulo Cesar de Araújo, biógrafo de Roberto Carlos. Agora fico sabendo que sim, dei-lhe uma entrevista em 1992. Pelo que ele diz, foi uma entrevista de quatro horas onde falamos sobre censura, interrogatórios, diversas fases e canções da minha carreira. Ainda segundo ele, uma das suas perguntas foi sobre a minha relação com Roberto Carlos nos anos 60. No meio de uma entrevista de quatro horas, vinte anos atrás, uma pergunta sobre Roberto Carlos talvez fosse pouco para me lembrar que contribuí para sua biografia. De qualquer modo, errei e por isto lhe peço desculpas.
Quanto à matéria da "Última Hora", mantenho o que disse. Eu não falaria com a "Última Hora" de 1970, que era um jornal policial, supostamente ligado a esquadrões da morte. Eu não daria entrevista a um jornal desses, muito menos para criticar a postura política de Caetano e Gil, que estavam no exílio. Mas o biógrafo não hesitou em reproduzi-la em seu livro, sem se dar o trabalho de conferi-la comigo. Só se interessou em me ouvir a fim de divulgar o lançamento do seu livro. Não, Paulo Cesar de Araújo, eu não falava com repórteres da "Última Hora" em 1970. Para sua informação, a entrevista que dei ao Mario Prata em 1974 foi para a "Última Hora" de Samuel Wainer, então diretor de redação, que evidentemente nada tinha a ver com a "Última Hora" de 1970, que você tem como fonte".
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