Cristo completa 80 anos cercado de polêmica

Rio 247_Inaugurado no dia 12 de outubro de 1931, o Cristo Redentor continua despertando polêmica entre os herdeiros dos que desenharam e construíram o monumento, símbolo da cidade maravilhosa. Mesmo após oito décadas de existência da estátua, direitos autorais e de imagem do Corcovado ainda são alvo de disputa na Justiça.

Parentes do escultor Paul Landowski, morto em 1961, responsável pelo desenho da cabeça e das mãos, que foram esculpidos em gesso no seu ateliê, em Paris, defendem ser ele o autor da obra. Já a família do engenheiro Heitor da Silva Costa, morto em 1947 e responsável pela construção da estátua, o aponta como autor e idealizador. E a arquidiocese do Rio, que encomendou a estátua à Costa nos anos 1920 e detém os atuais direitos de imagem, argumenta que uma escritura pública assinada por Silva pelo engenheiro em cartório, em 26 de junho de 1925, põe fim na polêmica.

Uma das sete novas maravilhas do mundo, a estátua de 30 metros de altura, erguida em concreto armado sobre um pedestal de oito metros no alto do Corcovado, 710 metros acima do nível do mar, continua encantando cariocas e turistas. Segundo a Riotur, todos os anos mais de 600 mil pessoas são levadas ao Cristo Redentor pela centenária Estrada de Ferro do Corcovado, o passeio turístico mais antigo do país.