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      Em carta de 1928, Mário de Andrade revela homossexualidade

      Documento destinado a Manuel Bandeira, datado de 7 de abril de 1928, foi liberado na quinta (18) pela Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio, por determinação da Controladoria-Geral da República (CGU); "Si agora toco neste assunto em que me porto com absoluta e elegante discrição social, tão absoluta que sou incapaz de convidar um companheiro daqui a sair sozinho comigo na rua [...] e si saio com alguém é porque esse alguém me convida, si toco no assunto, é porque se poderia tirar dele um argumento para explicar minhas amizades platônicas, só minhas", diz 

      Documento destinado a Manuel Bandeira, datado de 7 de abril de 1928, foi liberado na quinta (18) pela Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio, por determinação da Controladoria-Geral da República (CGU); "Si agora toco neste assunto em que me porto com absoluta e elegante discrição social, tão absoluta que sou incapaz de convidar um companheiro daqui a sair sozinho comigo na rua [...] e si saio com alguém é porque esse alguém me convida, si toco no assunto, é porque se poderia tirar dele um argumento para explicar minhas amizades platônicas, só minhas", diz  (Foto: Roberta Namour)
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      247 – Assim como se especulava, nos trechos inéditos de uma carta escrita a Manuel Bandeira, Mário de Andrade trata da sua "tão falada (pelos outros) homossexualidade".

      A carta, datada de 7 de abril de 1928, foi liberado na quinta (18) pela Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio, por determinação da Controladoria-Geral da República (CGU).

      "Si agora toco neste assunto em que me porto com absoluta e elegante discrição social, tão absoluta que sou incapaz de convidar um companheiro daqui a sair sozinho comigo na rua [...] e si saio com alguém é porque esse alguém me convida, si toco no assunto, é porque se poderia tirar dele um argumento para explicar minhas amizades platônicas, só minhas", diz.

      O acervo de Manuel Bandeira foi entregue em 1978 para guarda da Fundação Casa de Ruy Barbosa (FCRB), instituição ligada ao Ministério da Cultura. Em 1995 houve análise sobre o sigilo das correspondências, quando completaram-se 50 anos da morte de Mário de Andrade. Segundo a presidenta da FCRB, Lia Calabre, a carta-testamento de Andrade dava esse prazo para divulgação de suas cartas. Porém, uma interpretação da família do escritor impediu que essa fosse aberta a pesquisadores, alegando que a divulgação autorizada seria das cartas recebidas por ele, e não das enviadas (com Agência Brasil).

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