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Cultura

Em vídeo, Zélia Duncan pede a arte de volta aos que não precisam de artistas

Num contexto em que a arte vem sendo reprimida pelo governo Jair Bolsonaro, a cantora e compositora Zélia Duncan inicia os versos sempre com a mesma pergunta: “Você não precisa de artistas?”. Ela pede de volta “os momentos bons, os versos roubados de nós, as cores do seu caminho". Assista

(Foto: Divulgação)
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247 - Num contexto em que a arte vem sendo reprimida pelo governo Jair Bolsonaro, a cantora e compositora Zélia Duncan viralizou nas redes com um vídeo onde declama o seu poema “Vida em Branco”.

A artista inicia os versos sempre com a mesma pergunta: “Você não precisa de artistas?”. Ela pede de volta “os momentos bons, os versos roubados de nós, as cores do seu caminho”.

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“Você vai rimar com números, Vai dormir com raiva, E acordar sem sonhos, sem nada”, continua.

Ao final, Zélia afirma: “Você não precisa de artistas?, então nos perca de vista. Me deixa de fora desse seu mundo perverso, sem verso, sem graça, sem alma”.

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“Vida em Branco” – Zélia Duncan

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“Você não precisa de artistas?

Então me devolve os momentos bons

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Os versos roubados de nós

As cores do seu caminho

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Arranca o rádio do seu carro,

Destrói a caixa de som,

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Joga fora os instrumentos

e todos aqueles quadros,

Deixa sua parede em branco

Assim como a sua cabeça,

Seu céu de cimento,

Silêncio cheio de ódio,

Armas pra dormir,

Nenhuma canção pra ninar

E suas crianças em guarda,

Esperando a hora incerta

Pra mandar ou receber rajadas.

Você não precisa de artistas?

Então fecha os olhos,

Mora no breu,

Esquece o que a arte te deu.

Finge que não te deu nada,

Nem um som, nenhuma cor,

Nenhuma flor na sua blusa,

Nem Van Gogh nem Tom Jobim,

Nem o Gonzaga nem Diadorim,

Você vai rimar com números,

Vai dormir com raiva

E acordar sem sonhos, sem nada.

E esse vazio no seu peito

Não tem refrão pra dar jeito.

Não tem balé pra bailar.

Você não precisa de artistas?

Então nos perca de vista.

Me deixa de fora

Desse seu mundo perverso,

Sem verso, sem graça, sem alma

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