"Estupidez intelectual": deputado reage à censura do poeta Manoel de Barros no Enem
Versos do poeta Manoel de Barros foram vetados na prova, por supostamente contrariarem versículo do Evangelho de João. Deputado Fábio Trad criticou
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O deputado estadual Fábio Trad (PSD-MS) criticou a censura feita pelos técnicos do Ministério da Educação no Enem. Ele citou, especificamente, a retirada do poema de Manoel de Barros, nascido em Cuiabá, capital do seu Estado.
“No descomeço era o verbo”, uma oposição a “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus (João 1:1-4)”. Na justificativa dos censores, usar tal verso “fere sentimento religioso e a liberdade de crença.”
A indignação foi exposta nas redes sociais "Nosso poeta maior, gente da gente, Manoel de Barros foi censurado pela estupidez intelectual dos técnicos do Ministério da Educação para a prova do ENEM. Alegaram que uma poesia da lavra do escritor contrariava a Bíblia. Inacreditável, mas aconteceu", escreveu.
Nesta semana, documentos e provas anteriores do ENEM foram divulgados, o que comprovou a intereferência ideológica na elaboração das provas pelo governo Bolsonaro.
"Minha solidariedade à memória de Manoel de Barros cuja obra jamais poderá ser compreendida por quem não sabe diferenciar a finalidade da arte e o propósito da religião", finalizou o político.
Ao censurar questões do Enem por razões religiosas, o governo Bolsonaro fere o princípio constitucional do Estado laico.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: