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Cultura

Favorito ao Oscar é boicotado por publicidade sexy demais

Cartaz do novo filme de Jean Dujardin, que concorre ao prmio de melhor ator por "O Artista", foi censurado em Paris por estampar imagem da mulher como objeto; imprensa mundial zomba da deciso

Favorito ao Oscar é boicotado por publicidade sexy demais (Foto: Divulgação)
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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – O país de Serge Gainsbourg e de Brigitte Bardot é também um país carregado de moralismo. Sim, porque às vésperas da cerimônia do Oscar 2012, maior consagração mundial do cinema, a qual figura um francês como favorito para o tão desejado prêmio de melhor ator, o que se fala por aqui é de censura. Jean Dujardin, a estrela do "O Artista", tem sido boicotado na França. O motivo nada tem a ver com seu desempenho que conquistou Hollywood ou com a sua indicação ao Oscar.

O cartaz de seu novo trabalho, "Les Infidèles" (Os infiéis, em português), em que o ator faz o papel principal, mas também é o diretor, se tornou um escândalo por aqui. Ele mostra a imagem de maridos volúveis, interpretados por Jean Dujardin e Gilles Lellouche, em posições sugestivas.

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Em um dos painéis, uma mulher aparece ajoelhada na altura da braguilha de Lellouche, que, ao telefone, diz: "A ligação vai cair. Estou entrando num túnel". Já Dujardin é estampado com um par de pernas abertas a sua frente, dizendo: "Estou entrando em reunião".

"Jean Dujardin é sexy demais para a França?", zombou a revista online americana Ohlala. A Autoridade Reguladora de publicidade profissional (ARPP) francesa não achou graça nenhuma nisso. Ela ordenou que JC Decaux retirasse todos os cartazes do filme expostos em Paris.Questionado, Stéphane Martin, diretor-geral da ARPP, justificou: "Esses cartazes visam claramente ofender e chocar parte do público [...] porque propagam uma imagem da mulher prejudicial a sua dignidade e decência. É o retrato de mulheres como objetos sexuais".

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Outros jornais também se aproveitaram da situação para fazer um paralelo com um assunto que está em pauta atualmente. "Na França, numa era pós-Dominique Strauss-Kahn, as revoltas são desencadeadas contra as representações retrógadas das mulheres", publicou The Guardian.Depois de ser premiado por sua interpretação no Festival de Cannes, com um Globo de Ouro e um Bafta britânico, os franceses temem que essa imagem libertina possa atrapalhar o resultado de Jean Dujardin no Oscar, na madrugada de segunda-feira, já que, para eles, os americanos costumam ser mais puritanos.

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