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Cultura

Ferrez ao 247: Huck fica mais babaca a cada ano

Em entrevista exclusiva ao 247, o escritor e agitador cultural Ferréz, nascido e crescido no Capão Redondo, extremo sul de São paulo, falou sobre o aumento da violência em São Paulo, sobretudo na periferia, e o retrocesso social promovido pelo governo Temer. "Um ano depois do golpe contra Dilma o povo está muito mais pobre, trabalhando 24 horas para sobreviver", constata. Ferréz nunca esteve tão cético. "Esse é um governo de destruição do país. A miséria na periferia aumentou", disse. O artista relembrou a polêmica protagonizada com Luciano Huck, há dez anos, e deu sua opinião sobre o Huck atual, que pode até virar candidato. "Eu fiquei mais chato com o tempo. Já o Luciano, fica mais babaca a cada ano"; assista a íntegra

Em entrevista exclusiva ao 247, o escritor e agitador cultural Ferréz, nascido e crescido no Capão Redondo, extremo sul de São paulo, falou sobre o aumento da violência em São Paulo, sobretudo na periferia, e o retrocesso social promovido pelo governo Temer. "Um ano depois do golpe contra Dilma o povo está muito mais pobre, trabalhando 24 horas para sobreviver", constata. Ferréz nunca esteve tão cético. "Esse é um governo de destruição do país. A miséria na periferia aumentou", disse. O artista relembrou a polêmica protagonizada com Luciano Huck, há dez anos, e deu sua opinião sobre o Huck atual, que pode até virar candidato. "Eu fiquei mais chato com o tempo. Já o Luciano, fica mais babaca a cada ano"; assista a íntegra (Foto: Gisele Federicce)
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247 - Em entrevista exclusiva ao 247, o escritor e agitador cultural Ferréz, nascido e crescido no Capão Redondo, extremo sul de São paulo, falou sobre o aumento da violência em São Paulo, sobretudo na periferia, e o retrocesso social promovido pelo governo Temer. "Um ano depois do golpe contra Dilma o povo está muito mais pobre, trabalhando 24 horas para sobreviver. E eu vejo gente dizendo: 'Mas se esse povo está tão ferrado, por que ele não vai pra rua'? Jesus! O povo não tem como ir pra rua porque está limpando casa de bacana, preparando comida pra rico, dormindo tarde e acordando cedo. Se neguinho for pra passeata, ele não paga a conta de luz, que está cinco vezes mais cara".

Ferréz nunca esteve tão cético. "Esse é um governo de destruição do país. A miséria na periferia aumentou, as pessoas perderam o pouco que tinham, do que foi conquistado nos governos do PT. Enquanto isso, o governo Temer paga 100 milhões de reais de emendas para um só deputado". O escritor, autor de dez livros, entre eles "Capão Pecado" (2000), um clássico da literatura marginal, diz que é preciso novamente uma união dos movimentos de esquerda para que a periferia tenha representantes em Brasília.

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"O Lula esteve no Capão há três semanas. Encontramos com ele num barraco. Você acha que isso seria possível com um sujeito como o Michel Temer? Lula e Dilma foram os únicos que conversaram com as minorias, que abriram as portas das universidades para os mais pobres. E mesmo assim conheço gente que está na universidade por causa dos programas do PT e xinga o partido. Isso acontece por causa do amplo processo de demonização da esquerda feito pela grande mídia. Houve um massacre do PT, que ainda está em curso". Ferréz, porém, afirma que a internet pode ser um poderoso instrumento de mobilização, sobretudo pela falta de credibilidade e de audiência da mídia tradicional. "A televisão virou segunda tela há muito tempo. Eu mesmo recusei o convite de um canal da televisão aberta para vir aqui, porque sei que não serei tratado como um imbecil".

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Ferréz relembrou a polêmica protagoniza com Luciano Huck, há dez anos, quando o apresentador assinou um artigo na "Folha de S. Paulo" se queixando do roubo de seu rolex. Num conto, intitulado "Pensamento de um correria", publicado no mesmo jornal, o escritor do Capão terminou o texto com uma dura reflexão: No final das contas, todos saíram ganhando, o assaltado ficou com o que tinha de mais valioso, que é sua vida, e o correria ficou com o relógio. Não vejo motivo pra reclamação, afinal, num mundo indefensável, até que o rolo foi justo pra ambas as partes.

A repercussão do artigo foi tão grande, que Férrez sofreu retaliações de todos os lados. Perdeu o programa que tinha na TV Cultura e teve todas as palestras canceladas. Acionado pelo Ministério Público, passou um dia preso. "Eu fui massacrado. Meu pai ficou revoltado: 'Meu filho, que nasceu e cresceu na periferia, que teve todas as chances de entrar para a criminalidade, e não entrou, agora é preso por escrever". No fim, foi sugerido que Férrez pagasse a pena com cestas básicas. "Eu me recusei. Eu faço social desde que nasci, não faço por penalidade". O escritor mantém uma ONG com cem crianças no Capão. Sua editora também abriu as portas para novos escritores. Já são 53 livros publicados só com autores da periferia.

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Sobre a possível candidatura de Luciano Huck à presidência, fato já admitido em artigos pelo próprio apresentador, Ferréz é taxativo. "Eu fiquei mais chato com o tempo. Já o Luciano, fica mais babaca a cada ano. Eu não compro nada que ele faça propaganda. Nada. O seu programa de televisão é pedante, esdrúxulo, triste. Ele pega um pai, que é bombeiro, e manda ele se equilibrar com uma latinha para ganhar algo em troca. Ele nunca estimula as virtudes das pessoas", diz Férrez. "Se ele se candidatar, eu vou fazer campanha contra todos os dias, com todas as minhas forças.

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