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      Lady Gaga faz show histórico em Copacabana e celebra fãs com discurso emocionado sobre renascimento

      Cantora retorna ao Brasil após sete anos com espetáculo grandioso na Praia de Copacabana e diz ao público: "Hoje, estamos fazendo história juntos"

      Lady Gaga faz show histórico na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Tita Barros)
      Aquiles Lins avatar
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      247 - Em uma noite de celebração, brilho e potência vocal, Lady Gaga transformou a Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em um palco histórico neste sábado (3). Diante de uma multidão de fãs fervorosos, conhecidos como little monsters, a artista norte-americana apresentou o espetáculo da turnê “Mayhem” com um roteiro fiel às apresentações anteriores, mas com momentos únicos de conexão com o público brasileiro. A cobertura foi originalmente publicada pelo G1.

      Após cantar “Paparazzi”, Gaga emocionou os presentes ao vestir um traje nas cores da bandeira brasileira e fazer um discurso comovente, traduzido em tempo real por um intérprete ao lado dela. “Hoje à noite, estamos fazendo história, mas ninguém faz história sozinha”, afirmou. “Obrigada por fazerem história comigo… o povo do Brasil é a razão pela qual eu posso brilhar. Hoje, vocês estão tão reluzentes como a lua e o sol na Praia de Copacabana. Talvez vocês devem estar se perguntando por que eu demorei tanto. Eu estava me curando, eu estava ficando mais forte. Brasil, eu estou pronta. Obrigada por me esperarem.”

      Com esse show, Lady Gaga selou seu retorno ao país após a última passagem em 2012 e a ausência marcada em 2017, quando cancelou sua apresentação no Rock in Rio por conta da fibromialgia. Desta vez, ela subiu ao palco com energia renovada e disposição de sobra para entregar um espetáculo técnico e emocional.

      Uma ópera pop em cinco atos

      O show teve início com 25 minutos de atraso e foi aberto pela leitura do manifesto do álbum Mayhem, o sexto de estúdio da cantora. A apresentação se desenrolou como uma verdadeira “ópera gótica”, dividida em cinco atos temáticos — da escuridão do “Veludo e vício” até a catarse final da “Ária eterna do coração monstro”.

      Na primeira parte, músicas como “Bloody Mary”, “Judas” e “Garden of Eden” estabeleceram o tom sombrio da abertura, marcada por referências religiosas e visuais impactantes. O clássico “Poker Face” apareceu reinventado, dentro de uma encenação inspirada em jogos de xadrez e máscaras.

      No segundo ato, Gaga explorou um universo de fantasia pop com “Perfect Celebrity”, “Disease”, “Paparazzi” e “Alejandro”, trazendo à tona as contradições da fama. Já a terceira fase da apresentação mergulhou em arranjos roqueiros e influências dos anos 1980, com destaque para “Killah”, “Zombieboy” e “How Bad Do U Want Me”, esta última com dançarinos vestindo camisas da seleção brasileira.

      Voz poderosa, piano e conexão com o público

      Em um dos momentos mais marcantes da noite, Lady Gaga sentou ao piano para interpretar “Shallow”, trilha do filme Nasce uma Estrela, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Canção Original. A plateia acompanhou em coro, criando um dos ápices emocionais da apresentação.

      No penúltimo ato, ela apresentou faixas como “Born This Way” e “Blade of Grass”, num bloco centrado na identidade e na autodescoberta. A narrativa simbólica do show culminou na última etapa, em que Gaga encenou um renascimento após um procedimento médico fictício. “Somos monstros e monstros nunca morrem”, declarou antes de encerrar com “Bad Romance”, seu maior sucesso.

      Fãs fizeram espetáculo à parte

      Enquanto Gaga entregava uma performance meticulosa, o público brasileiro também protagonizou momentos memoráveis. Milhares de fãs levaram leques coloridos, criando uma espécie de sinfonia visual em Copacabana. Muitos passaram o dia acampados para garantir os melhores lugares na grade — uma prova da devoção que a cantora reconheceu e celebrou com gratidão.

      Técnica e emoção em equilíbrio

      Mesmo já consagrada com 14 prêmios Grammy, Lady Gaga segue atuando no palco como se ainda precisasse provar sua relevância. E consegue. Ao longo de duas horas, dançou, cantou ao vivo com impressionante consistência e conduziu a plateia por uma jornada audiovisual marcada pelo caos artístico — como ela mesma define sua proposta estética.

      Ao manter o repertório idêntico aos shows anteriores da turnê, Gaga demonstrou mais fidelidade à estética do espetáculo do que vontade de surpreender. Mas foi justamente na entrega emocional, nas palavras sinceras e no carinho evidente pelo Brasil que ela garantiu ao público uma noite para entrar na história.

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