Macartismo: editoras Boitempo e Contracorrente são censuradas em feira de livro do Mackenzie
"Lamentamos profundamente a ocorrência de tal episódio no ambiente universitário, onde, por definição, deve prevalecer o pluralismo de ideias, e registramos publicamente o nosso mais veemente repúdio a este ato de censura", afirma as editoras em nota
247 - As editoras Contracorrente e Boitempo divulgaram nota de repúdio contra a censura promovida pela reitoria da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que decidiu impedir a participação das editoras na Feira de Livros organizada pelo Centro Acadêmico João Mendes Jr, em São Paulo. A reitoria alega que ambas as editoras não possuem "livros doutrinários e legislação de uso acadêmico".
As editoras denunciaram a censura e, em nota, afirmam que são "duas editoras que, de maneira aberta e franca, estão engajadas na disseminação de pensamento crítico no Brasil, inclusive no âmbito jurídico, são as atingidas pela decisão." Além disso, "ambas as editoras ostentam um consistente catálogo na área do Direito, composto, aliás, por obras de professores da Faculdade de Direito do Mackenzie."
A feira é organizada pelo Centro Acadêmico João Mendes Jr., órgão representativo das alunos da faculdade.
"Lamentamos profundamente a ocorrência de tal episódio no ambiente universitário, onde, por definição, deve prevalecer o pluralismo de ideias, e registramos publicamente o nosso mais veemente repúdio a este ato de censura", reforça a nota das editoras.
Em março, a reitoria da Mackenzie convidou o presidente Jair Bolsonaro, para conhecer projeto relacionado ao uso do grafeno. A visita veio acompanhada de um comunicado aos alunos em que pedia que vestissem roupas verde e amarelo em apoio do ex-capitão. Bolsonaro foi obrigado a mudar a agenda por conta de protestos organizados pelos estudantes.
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