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Cultura

Moniz Bandeira: Lava Jato é ópera para entreter o povo

Para o cientista político, a "Operação Lava Jato é uma ópera para o entretenimento do povo, e na qual o juiz Sérgio Moro e diversos procuradores da república parecem esperar contrato para papel de heróis de Hollywood"; Bandeira diz também que as Forças Armadas "não desejam entrar em uma aventura. Todos sabem como um golpe inicia, mas não como pode terminar"

Para o cientista político, a "Operação Lava Jato é uma ópera para o entretenimento do povo, e na qual o juiz Sérgio Moro e diversos procuradores da república parecem esperar contrato para papel de heróis de Hollywood"; Bandeira diz também que as Forças Armadas "não desejam entrar em uma aventura. Todos sabem como um golpe inicia, mas não como pode terminar" (Foto: Paulo Emílio)
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247 - O cientista político baiano Luiz Alberto Moniz Bandeira faz uma dura crítica à Operação Lava Jato em entrevista concedida ao jornal A Tarde.

Moniz, que recentemente foi acusado de defender a intervenção militar para resolver a crise institucional e política do Brasil, nega que tenha feito este tipo de afirmação. "Não se trata de defender a ideia de intervenção militar, mas de prever, vislumbrar a perspectiva que se desdobra, diante da radical divisão da sociedade brasileira, a efervescência do ódio e da intolerância, como nunca antes houve. E aí está a crise institucional com o conflito de poderes, como ocorre entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal, enquanto a criminalidade se expande, com a desmoralização dos poderes públicos assenhoreados por chefes e membros de organização; o apodrecimento político do país e a falta de um projeto nacional", avalia.

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"Porém, o problema não é só a corrupção, que é inerente à república presidencialista, com o financiamento eleitoral, distribuição política de cargos etc", continua o cientista político. "A Operação Lava-Jato é uma ópera para o entretenimento do povo, e na qual o juiz Sérgio Moro e diversos procuradores da república parecem esperar contrato para papel de heróis de Hollywood".

"Entrementes, o presidente de fato, Michel Temer, entrega o patrimônio nacional aos estrangeiros em termos de sell off, como promoção. E a situação econômica e política cada vez mais se complica. Investimentos estrangeiros não afluem para países em recessão, a não ser para comprar os ativos existentes a baixo custo. Assim, todas as condições apontam para uma intervenção militar. Mas as Forças Armadas até hoje sofrem o desgaste do golpe de 1964 e da ditadura que impôs, e o Alto Comando está dividido. E daí que não desejam entrar em uma aventura. Todos sabem como um golpe inicia, mas não como pode terminar", destacou.

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Na entrevista, ele também afirmou que a Revolução Russa de 1917 deixou legados que até hoje repercutem em todo o mundo. "O temor de que ela se espraiasse levou o presidente Woodrow Wilson [EUA, 1913 a 1921] a inserir no Tratado de Versailles um capítulo sobre os direitos sociais, obrigatório para todos os signatários, o que reforçou a conquista das reivindicações pelas quais o proletariado do Ocidente havia tempo lutava. No Brasil, adensou a eclosão das greves ocorridas entre 1917 e 1919 em quase todos os Estados, o que resultou na legislação trabalhista, que atualmente o empresariado industrial e banqueiros tratam de derrogar", afirmou.

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