Morre aos 91 anos o artista colombiano Fernando Botero
Pintor do "Boterismo" deixa legado marcante nas artes e na crítica social
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247 — Faleceu o renomado artista colombiano Fernando Botero, aos 91 anos. Botero, conhecido por seu distintivo estilo de pintura, chamado de "Boterismo", deixou um legado marcante nas artes plásticas, abordando com maestria questões sociais e a natureza humana. Ele faleceu em sua casa em Mônaco nesta sexta-feira (15), após enfrentar problemas de saúde, incluindo uma pneumonia.
Fernando Botero estava internado em um hospital, mas solicitou para ser transferido para casa nos últimos dias. Sua morte foi lamentada pelo presidente colombiano Gustavo Petro, que destacou a importância do artista para o país: "Morreu Fernando Botero, o pintor das nossas tradições e defeitos, o pintor das nossas virtudes. O pintor da nossa violência e paz. Da pomba rejeitada mil vezes e mil vezes colocada em seu trono."
Fernando Botero, nascido em Medellín, Colômbia, em 1932, começou sua carreira como ilustrador em 1948 e posteriormente trabalhou como cenógrafo antes de se mudar para Bogotá. Na capital colombiana, realizou sua primeira mostra internacional e, em 1952, partiu para Madrid, na Espanha, para estudar na Academia de San Fernando. Sua estadia na Europa, incluindo um período em Florença, na Itália, influenciou fortemente seu estilo artístico.
O "Boterismo", que se tornou sua marca registrada, é caracterizado pelo retrato de figuras rechonchudas com grandes volumes corporais, por vezes exagerados, transmitindo críticas sociais com toques de humor. Botero deixou claro que sua intenção não era retratar a realidade, mas sim fazer uma escolha de estilo que enfatizasse suas críticas à ganância humana.
Ao longo de sua carreira, Fernando Botero criou aproximadamente três mil pinturas e mais de 200 esculturas, além de desenhos e aquarelas. Ele também passou por diversas cidades ao redor do mundo, incluindo Nova York, Paris, Madrid e Medellín, contribuindo para a disseminação da arte colombiana em âmbito global.
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