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Morre Brigitte Bardot, um dos maiores ícones do século 20

Atriz francesa foi uma das grandes divas do cinema, símbolo sexual e cantora de sucesso, eternizada na canção erótica Je t’aime moi non plus

Brigitte Bardot morreu aos 91 anos (Foto: Reprodução)

247 - Brigitte Bardot, ícone absoluto do cinema francês e um dos maiores símbolos do século 20, morreu nesta quinta-feira, aos 90 anos. A morte da atriz foi anunciada pela Fundação Brigitte Bardot, que não detalhou a hora do ocorrido. Em comunicado, a entidade descreveu Bardot como uma “atriz e cantora de renome mundial, que optou por abandonar sua prestigiada carreira para dedicar sua vida e energia ao bem-estar animal e à sua fundação”. 

Bardot foi não apenas uma das maiores atrizes do século 20, mas o maior símbolo sexual de sua geração, transformando a imagem feminina no cinema e influenciando a moda, o comportamento e a música.

Nascida em Paris em 1934, Bardot iniciou sua carreira como modelo e rapidamente se tornou um rosto indispensável do entretenimento europeu. Ela conquistou reconhecimento mundial a partir da década de 1950, especialmente após o sucesso explosivo de “E Deus Criou a Mulher” (1956), filme que redefiniu os limites da sensualidade nas telas e colocou Bardot no centro do imaginário global.

A atriz também ficou eternizada pela canção “Je t’aime moi non plus”, gravada em 1967 ao lado de Serge Gainsbourg. A música, que mais tarde ganharia nova versão com Jane Birkin, tornou-se um dos registros mais eróticos e icônicos da história da música popular, marcando definitvamente a imagem pública de Bardot como musa e referência da liberdade sexual.

Ao longo da carreira, Bardot protagonizou dezenas de filmes, entre eles “Viva Maria!” (1965), “A Verdade” (1960) e “Contempt” (1963), este dirigido por Jean-Luc Godard e considerado uma obra-prima do cinema moderno. Seu rosto, fotografado por nomes como Richard Avedon e Sam Lévin, tornou-se símbolo universal da beleza feminina.

Nos anos 1970, Bardot decidiu abandonar definitivamente o cinema e dedicar sua vida à causa animal, fundando em 1986 a Fundação Brigitte Bardot, organização internacional de defesa dos direitos dos animais. Sua atuação na militância rendeu reconhecimento mundial e a transformou em uma das vozes mais influentes do ativismo ambiental na Europa.

Apesar da aposentadoria precoce das telas, o impacto cultural de Bardot jamais diminuiu. Sua estética inspirou gerações de atrizes, modelos e estilistas, e sua imagem continua sendo revisitada em livros, exposições e obras audiovisuais. Para críticos, Bardot sintetizou um momento único da transformação dos costumes no século 20 — e permanece como referência tanto artística quanto social.

A morte de Brigitte Bardot encerra um capítulo fundamental da história do cinema e da cultura pop mundial. Sua beleza, seu talento e sua atitude libertária moldaram épocas e influenciaram milhões. Mas sua figura — como atriz, musa e defensora dos animais — seguirá viva, indelével, na memória coletiva.