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Cultura

Morre Chinua Achebe, avô da literatura africana

Romancista e poeta nigeriano, Chinua Achebe morreu aos 82 anos; Nelson Mandela, que leu seus livros enquanto estava preso durante o regime de segregação racial sul-africano, o classificou de um escritor "em cuja companhia os muros da prisão desmoronavam"

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LAGOS, 22 Mar (Reuters) - O romancista e poeta nigeriano Chinua Achebe, amplamente visto como um avô de literatura africana moderna, morreu aos 82 anos de idade.

Desde a publicação de seu primeiro romance "O Mundo se Despedaça", 50 anos atrás, Achebe formou um entendimento da África pela perspectiva africana muito mais do que qualquer outro autor.

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Como romancista, poeta e locutor, Achebe foi um parâmetro contra o qual gerações de escritores africanos foram comparadas. Para as crianças de todo o continente, seus livros foram por décadas um abrir de olhos para o poder da literatura.

Descrevendo Achebe como "um colosso da literatura africana", o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, lamentou sua morte.

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Nelson Mandela, que leu livros de Achebe enquanto estava preso durante o regime de segregação racial sul-africano, o classificou de um escritor "em cuja companhia os muros da prisão desmoronavam".

"O Mundo se Despedaça", publicado em 1958, fala do combate fatal entre sua etnia Igbo e colonizadores britânicos nos anos 1800. Foi a primeira vez que a história da colonização europeia no continente foi contada de um ponto de vista africano para uma audiência internacional.

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O livro foi traduzido para 50 idiomas e teve mais de 10 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.

Mais tarde, Achebe voltou sua atenção para a devastação levada à Nigéria e à África por golpes militares e ditaduras.

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"Anthills of the Savannah" ("Formigueiros da Savana", em tradução livre), publicado em 1987, se passa após um golpe num país africano fictício, onde o poder foi corrompido e a brutalidade do Estado silencia a todos, exceto os mais corajosos.

A dor pela morte de Achebe foi sentida em toda a Nigéria, mas especialmente em sua terra natal, no sul do país, lar dos Igbos.

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"Toda nossa família está chorando de luto", disse o primo do escritor e um chefe tradicional da etnia, Uba Onubon, à Reuters no vilarejo de Ikenga.

(Reportagem de Tim Cocks)

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