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Cultura

Morrer aos 27 anos foi um grande desperdício, Amy

Direto de Londres, Diego Iraheta faz um relatosobre uma cantora que viveu 27 anos em plena intensidade e partiu prematuramentedepois de uma provvel overdose

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Diego Irahera, especial para o 247, de Londres - Morrer aos 27 anos é um desperdício. De histórias para escrever, músicas para compor, vidas para viver. Mas talvez eu esteja enganado. Em várias ocasiões, já ouvi a pergunta “você prefere viver 80 anos de uma vida sem graça ou 30 anos intensos?”. Diante da questão, a maioria opta quase que instantaneamente pela brevidade significativa. Pois bem, Amy parece ter escolhido esse caminho – da intensidade. Nos seus 27, houve espaço para louca paixão, drogas e R&B na veia, casamento relâmpago, clínicas de rehab, milhares de fãs, shows, fãs agredidos, separação, shows cancelados por causa de drogas. Uau! Vida agitada!

Biografia de uma pessoa de vida intensa começa cedo. E claro que a pequena Amy já arrebentava no palco com oito aninhos. Adolescente “rebelde”, curtia um baseado e fez a primeira tattoo aos 16. Os pais logo sacaram que tinha que ser do jeito dela e pronto. Como repreender ou reprimir a dona de um vozeirão como aquele? Jovem branca londrina que canta como diva da black music é licença poética para uma vida singular cuja regra principal é quebrar as regras.

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Amy foi uma exceção cheia de excessos. O News Of The World não precisava nem grampear a jovem. Era só botar um paparazzi na sua cola que já garantia capas e tiragens esgotadas. Intensa que só ela, entrou em depressão depois de rejeitada pelo então grande amor de sua vida, o assistente produção de clipes Blake Fielder-Civil. Traduziu o desespero no álbum que a fez celebridade, Back to Black, lançado em 2006. Alguns meses de choradeira e sucesso depois, não é que os dois acabaram se casando em Miami? Quase um conto de fadas!

Mas tão logo o amor estava de volta ao lado dela, nossa heroína (!) passou a usar drogas mais pesadas. A turma de Murdoch se divertia tirando fotos de Amy e Blake aprontando nos clubs de Londres. Em pouco tempo, overdose. Over, muito, demais. Muita intensidade! E rehab. Mas, mesmo que passasse “seventy days” na clínica, Amy não conseguia driblar a dependência química e, pouco tempo depois, lá estava ela novamente.

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Apesar da aparência quase tísica, a voz de Amy seguia poderosa. E forte que só ela, estapeava alguns fãs noite adentro. Uma celebridade única! Há pouco mais de um mês, o show bêbado de retorno da cantora não agradou mesmo em Belgrado, na Sérvia. A banda teve que assumir o controle da apresentação. A plateia de mais de 20 mil pessoas protestou. Até o governo sérvio criticou a conduta i-n-t-e-n-s-a de Amy. A turnê pela Europa acabou cancelada.

Com uma vida movimentada desse jeito, o que esperar da morte de Amy Winehouse? 27 anos. Sozinha no flat em Camden Square. Incontáveis fãs em luto nas ruas de Londres. Suspeitas óbvias de overdose circulando nas redes sociais. Sites de fofoca aqui da Inglaterra comentando que o resultado da autópsia sai em 24 horas. Daqui pra frente, só o ritual de despedida e o buzz da causa da morte esperam Amy. Nada de novas músicas engenhosas, mais histórias cabeludas ou outras vidas que ela poderia viver nesta!

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É por isso que, para mim, morrer aos 27 é um desperdício. Mesmo que viver (intensamente) só até os 27 não seja.

Assista abaixo vídeo com momentos da carreira de Amy:

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