CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Cultura

Mostra Brasil-França celebra 65 anos de fotografia

Parceria entre museu de Paris e acervo brasileiro deu origem exposio Extremos, que abre hoje em So Paulo e alia fotos registradas por mestres do passado a imagens contemporneas. Acima, bicicleta de Pel (1965), por Alberto Ferreira

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

As últimas palavras do enigmático Kurz, no livro "O Coração das Trevas", do polonês Joseph Conrad, ao sentir a aproximação do inglês Marlow com a vela (física e metaforicamente) iluminadora da civilização não foram "mehr licht" (mais luz) como as de Goethe, mas "o horror! o horror!". O que teria visto Kurz? Seu passado como deus dos canibais no Congo belga ou o próprio futuro no inferno? Talvez ambos. No mesmo lugar onde reside o horror também pode viver a beleza. É esse movimento pendular entre a luz e as trevas que segue a exposição "Extremos: Fotografias na Coleção da Maison Européene de la Photographie - Paris", que o Instituto Moreira Salles (IMS), em parceria com o museu parisiense, abre hoje, às 19h30.

São 100 imagens radicais de grandes mestres do passado, que variam da bela paisagem de um povoado do Novo México pelo norte-americano Ansel Adams (1902-1984) ao horror apocalíptico da coluna de fumaça do cogumelo atômico que atingiu mais de 6 quilômetros de altura às 8h17 da manhã de 6 de agosto de 1945. Foi nesse dia que o Enola Gay despejou sobre Hiroshima a bomba que destruiu a cidade japonesa. A foto, a propósito, foi tirada pelo sargento George Robert Caron (1919-1995), tripulante do bombardeiro B-29 e primeiro homem na face da Terra a testemunhar que o apocalipse bíblico não foi um delírio do apóstolo João na ilha de Patmos.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Outra foto de Hiroshima, de Shomei Tomatsu, que mostra um relógio derretido pela explosão, foi comprada pela Maison Européene de la Photographie especialmente para a mostra. "Uma exposição que trata de extremos não poderia deixar de incluir a destruição de Hiroshima ou o primeiro passo do homem na Lua, gestos radicais então sem registro entre as 25 mil fotografias do museu parisiense", justifica o fotojornalista Milton Guran, coordenador do encontro internacional de fotógrafos FotoRio, que ajudou o diretor da Maison Européene de la Photographie, Jean-Luc Monterosso, na curadoria da mostra, montada com a colaboração do coordenador de fotografia do IMS, Sergio Burgi.

O visitante da mostra do IMS tem, de fato, muito o que escolher. As fotos selecionadas pelos curadores cobrem 65 anos de produção. Entre os registros está o gol de bicicleta de Pelé em partida do Brasil contra a Bélgica, no Maracanã, em 1965. A mostra traz os maiores nomes da fotografia mundial, de Robert Frank e Elliott Erwitt, que registraram flagrantes da segregação racial norte-americana nos anos 1950, ao pós-moderno Andres Serrano, que fotografa cadáveres e assinou, em 1987, a polêmica foto Piss Christ, imagem de um crucifixo de plástico mergulhado na urina do fotógrafo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

EXTREMOS - Instituto Moreira Salles (Rua Piauí, 844). Tel. (011) 3825-2560. 13/19h (sáb. e dom., 13h/ 18h; fecha 2ª). Grátis. Até 27/11. Abertura hoje, às 19h30, para convidados.

 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

 

 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

 

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO