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Cultura

Mulheres pretas em cartaz e em debate

Cada apresentação leva ao público um episódio entremeado por debates, mostrando a força de nomes tais como: Elizeth Cardoso e Carmen Costa

(Foto: Reprodução)
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Por Denise Assis, 247 - Pretas, mulheres, artistas e talentosas. O espetáculo "Vozes Negras – A Força do Canto Feminino", primeiro musical em formato de série que estreou no Rio, no dia 19 de maio, fica em cartaz na cidade por mais quatro semanas. Cada apresentação leva ao público um episódio entremeado por debates com convidadas e a participação do público, mostrando a força de nomes tais como: Elizeth Cardoso e Carmen Costa, nomes da era do Rádio, e D. Ivone Lara e Clementina de Jesus e outras mulheres ligadas à história da música e do samba.

O espetáculo é dividido em seis diferentes temas, apresentados um a cada semana, focado em um período histórico-cultural. O "musical em formato de série" passa pelo samba, a Bossa Nova, o Pop Soul brasileiro entre outros eixos temáticos. Verônica Bonfim, cantora, compositora, escritora, atriz e ativista é a apresentadora do espetáculo. No elenco, Analu Pimenta, Bárbara Sut, Ester Freitas, Roberta Ribeiro e Vanessa Brown, além de participações especiais. 

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Durante cada episódio da série, enquanto a história se desenvolve, estão acontecendo debates, com a participações como Djamila Ribeiro, Conceição Evaristo, Flávia Oliveira, Aza Njeri, Carolina Rocha, Taísa Machado, Leilane Ribeiro, Flavia Diniz, Jurema Wernek, entre outras, fomentando o diálogo entre gerações, a partir das histórias das cantoras pretas brasileiras e suas respectivas épocas. A plateia participa, opinando sobre o que foi superado e o que ainda precisa ser discutido e modificado em nossa sociedade. 

"Me inspirei livremente no Teatro Fórum, de Augusto Boal, para propor essa nova linguagem para o teatro musical", conta o diretor, Gustavo Gasparani. A temporada carioca, que acontece no Teatro Prudential propõe a união entre teatro musical e fórum de ideias, enaltecendo grandes talentos negros femininos da nossa música para rever e reviver seu legado e propor diálogo para derrotar preconceitos. 

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A mediação dos debates é de Verônica Bonfim, que ouve e levanta diálogos sobre o racismo estrutural que impede mulheres, principalmente negras, de ascender individual, profissional e coletivamente do Brasil de 1500 aos dias de hoje. O que aquelas cantoras passaram até obter sucesso? O que o mercado e a sociedade impuseram como padrão para serem aceitas? Qual a importância de seus nomes no antirracismo? O que ainda é sublimado no século XXI que as limita de serem livres em suas escolhas? A proposta é unir cidadãos de diferentes classes sociais, raças, gêneros e orientações sexuais em torno de assuntos que deveriam ser do interesse e um compromisso de todos.

Visando fomentar a inclusão no mercado profissional, a Aventura oferece estágios nas apresentações, em diversas funções do backstage: camarins, contrarregragem e monitoria, exclusivos para mulheres negras. Serão 22 vagas para profissionais terem a oportunidade de trabalhar em produções futuras.

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Todos os espetáculos da série funcionam de forma independente. Não é necessário assistir em ordem cronológica. A cada sessão há uma conversa com uma debatedora convidada que interage com o público, refletindo sobre as situações vividas pelas homenageadas – O racismo e o feminismo negro nos dias de hoje. Depois das próximas quatro semanas no Rio, a atração segue para São Paulo.

O diretor e idealizador do projeto, Gustavo Gasparani, que assinou musicais que exaltam a cultura popular, como "SamBRA", "Otelo da Mangueira", "Bem Sertanejo" e "Samba Futebol Clube", convidou o jornalista e realizador cultural Rodrigo França, um dos responsáveis por expressivas produções pensadas no público negro, como "Oboró – Masculinidades Negras" e "Contos Negreiros do Brasil", para escrever com ele a dramaturgia. A supervisão e consultoria de representações raciais e de gênero é de Deborah Medeiros. A produção promete trazer música e história para o público.

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SERVIÇO

Teatro Prudential 

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Rua do Russel, 804 – Glória

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