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O candomblé no cinema

A cineasta Tetê Morais apresenta, no Festival de Brasília, um filme oportuno e justo para os tempos atuais: Família Axé, que documenta a vida de Alberto Ribeiro, importante pai de santo baiano falecido na semana passada

Filme Família Axé, da cineasta Tetê Morais (Foto: Divulgação)

Por Tereza Cruvinel - Em tempo de preconceito racial em alta, e de desprezo pela contribuição dos afrodescendentes à formação da cultura e da civilização brasileiras, a cineasta Tetê Morais apresenta, na mostra paralela do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, um filme oportuno e justo. 

Trata-se de Família Axé, em que ela documenta a vida de Alberto Ribeiro, falecido na semana passada. Trata-se de importante pai de santo baiano, que juntamente com sua família preserva não apenas a matriz religiosa, o candomblé, mas também ritos, culinária, música e dança originais de seu povo, desde a chegada como escravos.  

- Escolhi fazer um filme onde essas pessoas contam suas histórias e onde  me coloco como participante e fio condutor pela profunda relação de  amizade, o que permitiu uma maior aproximação da câmera na cozinha ou  no salão de festas e em rituais, sempre respeitando os limites por eles  estabelecidos de sua privacidade nos ritos do candomblé – diz a  cineasta. 

A primeira exibição pública do filme, dedicada a Pai Alberto,  será no Cine Brasília, epicentro do festival que se espalha por outras cidades do DF, na segunda-feira às 16 horas.  

Eu ainda não vi, naturalmente,  mas as imagens são lindas. Trata-se de uma história, diz a cineasta, cheia de coragem, fé, alegria e superação de dificuldades, preconceitos e discriminações. Verei para contar.