Otto ao 247: “Como se pode fazer isso com um país?”
Em entrevista aos jornalistas Paulo Moreira Leite e Alex Solnik, o cantor e compositor Otto Maximiliano Pereira de Cordeiro Ferreira, ou simplesmente Otto, desabafa: "Como se pode fazer isso com um país"?; "Acho que estamos vivendo a maior tortura como povo... são quatro, cinco anos... ninguém aguenta mais", diz; Otto não tem dúvida acerca do caminho a seguir: "Uma coisa eu sei: o palco de quem pede Diretas é o verdadeiro". E explica por que os grandes artistas não estão juntos na campanha das Diretas, tal como em 1984: "São os cachês... prefeituras... são deputados"; ele não vê mais Temer como presidente: "O Brasil está sem pai, sem mãe. O Brasil está órfão". "Quem é Temer?", pergunta; para ele, "acabar com a história de Dilma é terrível"
247 - "Amigo de barriga" do atual ministro da Educação, Mendonça Filho, embora discorde dele politicamente, seu conterrâneo de Belo Jardim ("Beautiful Grden") Otto Maximiliano Pereira de Cordeiro Ferreira, ou simplesmente Otto, é um dos artistas mais politizados de sua geração.
Nessa entrevista exclusiva à TV 247, realizada por Paulo Moreira Leite e Alex Solnik, o cantor e compositor desabafa: "O difícil dessas entrevistas, assim, é que é um grito preso... que merda! Como se pode fazer isso com um país?"
"Acho que estamos vivendo a maior tortura como povo... são quatro, cinco anos... ninguém aguenta mais"... "A gente sabe que essa situação aqui é um poço... profundo e interminável... e com os ministros do Supremo eu estou vendo que é a mesma coisa". "Estão confusos... estão presos...não existe nação, não existe programa algum"...
Otto não tem dúvida acerca do caminho a seguir: "Uma coisa eu sei: o palco de quem pede Diretas é o verdadeiro". E explica por que os grandes artistas não estão juntos na campanha das Diretas, tal como em 1984: "São os cachês... prefeituras... são deputados"...
Ele não vê mais Temer como presidente: "O Brasil está sem pai, sem mãe. O Brasil está órfão". "Quem é Temer?", pergunta o artista. "Qual o maior luxo de um país? É ter uma presidenta ou um presidente honesto!"
Ele critica quem bate panela: "O paneleiro é o que? É o cara que tá batendo panela por uma coisa canalha, uma coisa distorcida, um golpe... sabe?"
Dilma e Lula são indispensáveis, segundo ele: "Lula abriu um espaço muito bonito e está aí quase incriminado por uma coisa que não se provou, não se tem... com a Dilma foi a mesma coisa... parecia que ela estava refém...".
"Como é que a gente não enxerga que o Lula foi maravilhosamente presidente? Essa desestruturação, esse acabar com uma pessoa pública é terrível! Acabar com a história de Dilma é terrível! A gente devia estar agradecendo". Assista abaixo:
Otto, você é um cantor que fala muito com a juventude, tem uma obra importante, reconhecida, inclusive no exterior e você é um dos mais ativos militantes contra o golpe e a favor das Diretas Já, você tem ido aos comícios e protestos. Por que?
Primeiro, a questão estrutural do país, do que a gente vive, do que está no dia a dia, a sensibilidade de captar o país, o lugar onde a gene vive...mas, principalmente, porque eu aprendi... eu vim de um berço de direita e eu pude sair dali... tive até uma ideia boa do que era a direita, mas eu nunca achei justo. Eu acho que na música e na poesia, o pensamento que me assolava era mais o humano, o lado da música é isso.
Você tem origem na direita conservadora...
... machista... meu pai...
Você cresceu junto com o Mendonça Filho, atual ministro da Educação...
... meu amigo...
Onde você nasceu?
Belo Jardim... Beautiful Garden... acho que nos anos 80... as Diretas... aquilo ali me chamou. Era uma escolha. Ou você estava de um lado ou de outro. Pra mim, aonde eu me divertia mais... onde podia ser mais marginal era a esquerda... a esquerda é altamente sedutora nesse sentido.
Quase todo artista é de esquerda, né? Fora alguns. Lobão...
Não sei... Roger... Lobão... eles têm uma coisa mais militar... talvez eu até entenda... mas a coisa maior é essa coisa revolucionária... avant garde...
Você se sente vanguarda, revolucionário?
Num país como esse... imagine! Essa coisa de luta... já era natural na minha juventude... eu tinha todo um querer de combater...
Que idade você tem?
Tenho 49 anos, sou de 28 de junho, dia de Raul Seixas... eu não podia ser diferente... nasci no dia de Raul Seixas...então, é estritamente... principalmente em Pernambuco... ser nordestino... se ele não for humano...
Hoje foi preso Geddel Vieira Lima. O que acha disso? Que repercussão isso vai dar?
Nessa caixa de Pandora eu não sei mais o que eles querem... parece que estão blefando o tempo todo, parece... acho que eles não têm um sentido maior. Mas tomara que ele possa falar alguma coisa. Mas, mesmo assim, eu acho que é tudo teatro o que a gente está vivendo... nesse país hipócrita.
Qual é o objetivo? Terminar com a política? Qual é o sentido disso?
Eu acho que tudo começou quando acharam o petróleo aqui. Desde aquela foto do Lula... lembra? ...com a mão preta de petróleo... eu tinha um pensamento... eu digo: Lula será o anjo negro do petróleo... o cara que vai descobrir o petróleo... eu acho que a gente foi traído exatamente por ter descoberto essa parada... eles vieram pra cima da gente... quando descobrem o petróleo... mas Lula, como dirigente sindical, metalúrgico, seria um grande articulador, mas eu vi que não... eu acho que tudo veio daí... e eles conseguiram ainda derrubar essa mulher... mas tudo começou ali, quando acharam esse petróleo brasileiro,...quando acharam essa riqueza frondosa.
Você vê relação disso com o fato de as investigações terem começado pela Petrobrás? E que está sendo desmilinguida, espatifada...
A crise só foi até a Dilma... agora ninguém fala mais nada dessa crise... mas o mais perigoso de tudo é a culpa... “se continuar com Dilma, eu vou preso, tu vai preso, nós vamos presos”. Então, o Congresso disse “anula tudo”.
Então você acha que o golpe se deu quando eles viram que a Dilma não os protegeria?
É a culpa! “Eu não posso ser preso, ele não pode ser preso”. Então, são tantos culpados que a única pessoa honesta eles derrubaram muito fácil...
Falando em teatro, o que você achou daquela cena do Rocha Loures, tão cinematográfica?
Cara, o Rocha Loures é uma pecinha...sabe?
Mas é um cara poderoso. Você viu a casa dele? Mora bem. Mora numa mansão.
Eu só sei que agora parece que a gente está atado à corrupção... é como se o mal vencesse... o mal venceu por aí...
Você acha que os corruptos são a maioria no Congresso?
Sempre foram, mas quando chega a Dilma acho que foi pior pra eles. Porque ela tinha um passado... uma honra...acho que estamos vivendo a maior tortura como povo... são quatro, cinco anos... ninguém aguenta mais... às vezes eu digo: meu Deus, que porra é essa? Não tem fim...
Como seria o fim pra você?
Pra gente, cidadão, no mínimo escolher, retomar uma escolha positiva, um voto direto...
Quando você fala em tortura é aquela coisa: você acorda, você não sabe quem foi preso...
A gente sabe que essa situação aqui é um poço... profundo e interminável... e com os ministros do Supremo eu estou vendo que é a mesma coisa... são coincidências... o que o Jucá falou... Teori morreu...é uma trama macabra que esse país vive... mataram um ministro do Supremo...
Você acredita que mataram o Teori Zavascki?
Claro! Se não foi isso é o que? Logo o cara... e o mais importante é que a Justiça... eu estou com medo disso, a própria Justiça liberou todo esse estado do Brasil, de corrupção. Eu sou filho de promotor... e se a Justiça poderia ter parado antes, nunca parou, sempre foi beneficiária... eu acho que ela, quem creditou tudo isso foi Gilmar, esse povo todo, que poderia ser o cerne da coisa... mas eles não puniram... não podem punir... não sei porque não existe uma Justiça...
Eu acho que isso aí começou com Lula... quem criou os instrumentos de combate da corrupção foi o governo Lula...
Claro!
Nunca antes se investigou corrupção, nem antes da Nova República, nem depois...
Eu só acho que a gente está completamente... eu sou um perdido... onde a gente vai não existe...
Vamos dizer assim: você não é o único, porque, se você pensar, há um mês o William Bonner falou no Jornal Nacional, chamou o Temer de ex-presidente. E não é que ele cometeu um lapso! Eles achavam que o Temer ia cair no dia seguinte! Porque aquela denúncia que eles tinham... eles pensaram que o Temer iria renunciar! E não aconteceu nada. Tudo em suspenso. O Fernando Henrique fez um apelo pelas eleições diretas, depois não faz mais. Ele diz que falta uma mensagem. Diz no último artigo dele: precisa uma mensagem clara... ou seja, nós estamos numa situação... tem uma desintegração e isso até reforça a ideia de eleição direta.
Quando a gente fala da Justiça Suprema... teria que partir deles... mas nem eles estão vendo isso, é pior ainda...
Eles também estão confusos...
Estão confusos... estão presos...não existe nação, não existe programa algum...
Na verdade, o governo acabou, o governo não existe. Está só tentando se defender e adiar o fim. Por que os artistas não estão unidos pelas Diretas hoje como estiveram em 1984?
Uma é o cansaço burocrático, televisivo... outra, são, quem utilizou dessa máquina... uma coisa eu sei: o palco de quem pede Diretas é o verdadeiro; o palco que não pede Diretas...
Mas os caras vão ou não vão?
Eu acho que alguns... eu vi lá no Rio o Chico querer, o Caetano querer... mas cadê a Ivete? Cadê as pessoas que poderiam...? São os cachês... prefeituras... são deputados...
Você está querendo dizer que uma parte desses grandes artistas...
Lógico, eles são comprometidos também.
A Ivete fez aquele show no Ceará para inaugurar um hospital que nem estava pronto... no tempo do Cid Gomes... 600 mil reais...
O que mais me impressiona é que a gente nova...
Quem é a gente nova que você gosta?
Eu gosto da Tulipa... gosto de Céu... são pessoas novas, que não têm esse poder todo... mas a gente está reaprendendo a brigar de novo.
E na política, você vê gente nova interessante?
Cara, sempre vai ter... eu gosto do Randolfe... eu gosto de algumas pessoas que estão ali... o Freixo está ali... Jandira está ali... são pessoas que podem mudar alguma coisa, mas mesmo assim não há espaço.
A gente fala mais de pessoas que de instituições... o que mostra a desconfiança nas instituições... como não se confia nelas a discussão gira em torno de pessoas... é o Gilmar... é a Dodge... é o Janot... parece que é uma briga de Janot contra Temer... quando é muito mais do que isso.
Eu não acredito. Quando se tira uma presidente que não fez nada de errado, quando você tira essa pessoa, o buraco que fica é muito grande. Eu queria poder ter esperança de alguma coisa... a única esperança é que nós somos do Brasil e a gente vai conviver com isso... mas o buraco que se fez nesse país é muito grande, é muito sério... e já vem de anos e anos... não tenha dúvida, não existe uma solução prática pra isso. Eu vejo Diretas como uma coisa assim: faz eleição... dignifica o povo... não é mais o que eles estão querendo, o que eles estão sentindo... ou dignifica o voto direto pra esse país que já tem uma democracia sólida, bacana... esse blefe aí, parece que... que venha de direita, que venha de esquerda... eu tenho certeza que se o Aécio ganhasse a eleição da Dilma eu como cidadão iria respeitar claramente. Mas desde que a Dilma entrou... o que eles fizeram... diz que teve jantares no Nordeste...
É?
O quê?! Teve um jantar daquele Heráclito Fortes, - que é do Ceará mas mora no Recife – Renan, Agripino... eles se reuniam todo fim de semana... o Mendoncinha, meu amigo, também...
Você era amigo dele ou ainda é?
Eu jamais irei perder essa amizade... ele está aí... ele foi feito pra isso...
Você conversa com ele? Fala o que pensa de tudo isso?
Eu tenho uma parada com ele que é de barriga. Meu avô, quando foi assassinado, meu pai era promotor em Exu, minha mãe desesperou... meu avô morto, meu pai na comarca.. o Mendonça chegou e falou: deixa que eu cuido disso. Então, é uma coisa muito pessoal. Eu sei que eles poderiam fazer melhor... eu acho que eles têm ideia... o Severino Cavalcante... se pegar essa direita... eles conhecem a terra... eles poderiam trabalhar por uma coisa melhor... você não pode achar que um deputado, um coronel ali não sabe o PH do solo... eles têm a solução, eles podem ajudar, mas não...
Teu avô foi assassinado por quê?
Mulher ou política. Era o que acontecia lá... ninguém explica...mas o que eu quero dizer é que são todos pais de família... o Aécio tem uma família... todos eles têm uma coisa... mas nesse confronto entre esquerda e direita eles poderiam ser mais equilibrados...
Você é uma pessoa que foi pra esquerda porque tem espírito rebelde, você não ia ficar naquele mundo de direita...
Ouvindo Chico Buarque... Miguel Arraes... ninguém resiste a uma esquerda de Miguel Arraes.
Quando você era estudante você teve uma experiência com o governo Figueiredo. Como foi isso?
Eu fui escudo da ditadura...
Explica isso...
Eu tinha nove anos, cheguei no Souza Leão, que era o meu colégio e ouvi “não tem aula hoje, vamos receber Figueiredo lá no Aeroporto de Guararapes”. Quando a gente chegou, colocaram a gente na frente. Quando a gente olhou pra trás tinha Cajá... Cristina... que eram os comunistas já... ou seja, colocaram as crianças ali como estratégia da ditadura: “coloca as crianças que ninguém vai jogar nada” pra não bater no Figueiredo.
Eles estavam com medo de que jogassem ovo, tomate?
Sim, as crianças ali...
Foi isso mesmo?
Exatamente... Eu vi Figueiredo passando... anos depois é que me toquei: cara, eu fui escudo pra Figueiredo não ser atingido... eu fui escudo da ditadura... porque aí é que tá, eles não têm muito escrúpulo...eu acompanhei toda essa...
E depois como foi a tua vida? Você tinha nove anos... e depois?
Aí veio as Diretas...aí com 15 você escuta Chico Buarque...você escuta Caetano, Gil e Chico Buarque...a tendência já vai pra coisa... eu virei essa pessoa que quer mudar o mundo, quer mudar o país... sou nordestino e sei as dificuldades que passamos no Nordeste em segurar todos esses presidentes...a injustiça popular com o Nordeste...a indústria da seca... você começa a ter ideia...
Agora, escuta, você é um sujeito bastante politizado. Ouvindo as suas músicas, coisa que eu fiz, confesso, num curso rápido... ouvi “Certa Manhã acordei de um sonho intranquilo”. Não foi só isso. Você é mais intimista. Como é que é isso? Por que você fala pouco de política nas suas músicas?
Se você não colocar amor e política junto, você pode ser um pouco... sabe?... se você quer atingir... o amor, falando de amor, das coisas mais delicadas, principalmente política... principalmente revolta... já que você não pode mudar aquilo ali, eu acho que o amor você passa... você distribui coisas... pensamentos... que são revolucionários...
Através do amor?
Claro! A gente precisa... o que é que o Brasil precisa tanto hoje? O Brasil está sem pai, sem mãe. O Brasil está órfão. O Brasil não tem representatividade. Esse golpe que a gente teve aqui vai ser uma coisa das mais terríveis pro futuro. Ele desvinculou o Brasil de nação. O paneleiro é o que? É o cara que tá batendo panela por uma coisa canalha, uma coisa distorcida, um golpe... sabe? Se a gente não entender a tragédia que é nos tempos de hoje a gente ter que passar por isso... a tragédia de encarar um Temer como presidente... quem é Temer em matéria de Brasil? A imprensa ajudou...
Muito...
A imprensa ajudou... são cúmplices terríveis...até quando eu vejo a Globo agora... “oh, vamos botar o Temer pra fora”... é isso mais ou menos...eles estão assoprando de um lado e botando fogo pelo outro...
Por que a Globo está fazendo isso?
Eu acho que é dinheiro... ela tem medo... é o mesmo medo de um parlamentar... é de coisas escusas, são movimentos noturnos de corrupção... de apadrinhamento... a gente esqueceu de ser um país pra pensar em negócios... é isso... eles estão querendo ganhar dinheiro e distribuir favores... eternizar uma corrupção. Lula abriu um espaço muito bonito e está aí quase incriminado por uma coisa que não se provou, não se tem... com a Dilma foi a mesma coisa... parecia que ela estava refém...”eu não estou com arma, mas se eu sair eles vão atirar”... a Dilma foi posta como uma pessoa que estava com armas e ela não estava... “não entrem, não me matem”... e eles mesmo assim tiraram uma pessoa...qual o maior luxo de um país? É ter uma presidenta ou um presidente honesto! Honesto! Um luxo! No mundo! A Dilma foi de um papel histórico... uma honestidade muito viva... respeitou todos os critérios...o Eduardo fez uma defesa maravilhosa... Temer??? Que nem presidente, nem estadista...o Temer é um advogado que mal deu aulas se é que deu alguma aula... a gente vive esse país...
Você não acha que a Globo está expondo o Temer dessa maneira porque não dá mais, ele já está dando vergonha?
Já não é mais o presidente. O objetivo dela é tentar resolver o outro... o interesse da Globo, me desculpe... ela vai ficar soprando vela e é aquilo... ela queria derrubar o Lula, derrubar a Dilma. Eu acho que a Globo é muito mais PSDB... e o pior como você pode imaginar que a gente poderia ter um presidente como Aécio...ainda bem que a Dilma ganhou...ela foi vítima... mas olha o que está acontecendo aí, às claras...é narcopolítico! Claudio... o aeroporto de Claudio... o helicóptero... é terrível, é terrível! Me desculpe, eu nem sei quem é o Aécio, é difícil dizer assim, ao vivo, mas tudo parece... não estou acusando...tudo parece... Perrela... como é que pode botar essas pessoas juntas? O cara falando “tem que estancar a sangria”. O difícil dessas entrevistas, assim, é que é um grito preso...que merda! Como se pode fazer isso com um país? É tudo claro... sabe?... a frouxeza do Judiciário... eu não sei como é que estão os jornalistas... como é que pode uma pessoa que estudou anos numa faculdade de Jornalismo entrar numa pauta e ter que defender uma coisa que o mundo todo tá vendo, o Brasil todo tá vendo...a gente se fodeu... a gente está sendo manipulado para o lado pior, não é possível...incrível a dor de ser brasileiro... o buraco que vai ter... como é que a gente não enxerga que o Lula foi maravilhosamente presidente? Essa desestruturação, esse acabar com uma pessoa pública é terrível! Acabar com a história de Dilma é terrível! A gente devia estar agradecendo. É terrível a decepção desse país. E vai ser um buraco muito grande.
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